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quinta-feira, 6 de março de 2014

Ver o trem passar



De repente
Sentiu-se menos gente
Naquele dia
Acordou pensativo
Refletindo sobre sua vida
Sobre de onde veio
E aonde iria dar
Viu que
Apesar da longa estrada
Ainda não havia
Chegado a nada.

Realmente naquele dia
Estava fadado a reflexões
E nenhum pouco satisfeito
Sabia ser dele a vida
Somente a ele caberia
Dar o seu jeito
Percebeu o erro de não ter
Ido regularmente á escola
Tão grande era seu gosto
Por um bom jogo de bola.

Doía-lhe ver
Seus companheiros de infância
Todos bem sucedidos na vida
Cada qual muito feliz
Com a ocupação escolhida.
Segundo ele:
Era hora, de fazer novos planos.
Porém, seu pânico era desnecessário.
Tinha ele, apenas, vinte e dois anos.
Também não era hora de sentar
E calmamente ver o trem passar.

Lemos
Cinco de março de dois mil e catorze.

Doze horas e cinco minutos.


Não é mais carnaval!

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