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sexta-feira, 17 de maio de 2024

Uma psicóloga, sem o ser


Se alguém lhe perguntasse 

O que ele havia jantado ontem

Tinha que pensar um pouco

Mas, se lhe perguntasse 

Sobre um passado remoto

Tinha a resposta à pronta entrega

Ele se lembrava...

Das brincadeiras de criança 

Também recordava

As engenhocas que seu pai fazia

Dos brinquedos feitos à mão 

E de quando seu pai

Descia a pesada mão 

Sobre ele ou sobre seus irmãos.



Lembra-se desses episódios 

Com um inequívoco amor 

Nem as surras lhe deixaram rancor

Eram naturais para a época

E fundamentais para a educação 

Bons tempos, em que o rigor

Mostrava o caminho e a razão 

E que a aparente falta de amor

Mostrava, justamente o contrário 

O "Quem ama cuida", pouco falado

Naquele tempos distantes

Já ditava muitos caminhos




Áureos tempos, onde...

Se dava amor, sem o demonstrar 

Era uma reserva, que se faria ver

Diante do resultado esperado

Que, raramente falhava

Também vivi naquela época 

E vi, que poucos se desviaram

Do caminho proposto pelos pais.



Ele se lembra também da mãe 

Não tão rigorosa como o pai

Essa, já tinha abraços e beijos

Porém, não abria mão da disciplina 

E não admitia, qualquer desrespeito 

A habilidade que seu pai tinha

Em suas poderosas mãos 

A sua mãe, tinha com as palavras

Era ela, uma psicóloga sem o ser

Sempre tinha as falas certas

De acordo com o momento.

E, dentro da necessidade


Ela transmitia aos filhos

Seu sonhos, pouco ambiciosos

Mas que, se realizados

Garantiriam, noites de sono renovador

E dias, de imensa paz interior.

E, realmente, assim se fez

A  incomum, combinação deu certo!



Ele se recorda com saudade

Dos seus amigos e amigas de infância 

Dos jogos de bola no campinho 

Onde ele mais brigava do que

Jogava.

Era influência do convívio com o pai

Que vivia afirmando...

Não levar qualquer desaforo.pra casa.

E, no campinho, ele via tudo como desaforo




Quando digo que ele brigava 

Deveria dizer, que apanhava 

Pois, não tinha físico privilegiado

Perdia as brigas, mas saia inteiro 

Seu corpo já estava condicionado 

Hoje ele diz, que chegava em casa

Com o espírito apaziguado

Por ter expressado seu descontentamento.



Quando se refere aos seus...

Amigos de verdade

Fala dos amigos que ninguém precisa ter.

Aqueles que levam para o caminho

Da alegria, e da irresponsabilidade 

Os que eram sensatos, esses não serviam

Tornavam a existência monótona

Mas, foi com esses, e graças a eles

Que deixou de entrar em muitas encrencas

Amigos bons e amigos não tão bons

Lembra-se de todos com saudade

Também são parte crucial em sua formação.



Ele fala muito sobre a escola 🏫 

Recorda-se da primeira professora

Solange! Importantíssima 

Por ser a primeira...

Conceição, importantíssima+ìssima...

Por ter sido a melhor!

Maria Inês, a mais severa

Todas elas, excelentes 

A época dava aos alunos,  o melhor!

Professora de tudo, a Solange 

Conceição e Maria Inês...

De português!



Solange, lhe deu seu primeiro livro 

Conceição lhe deu sabedoria

Inês as broncas necessárias 

Todas elas, contribuíram com seu melhor,

O começo de tudo 

Seus olhos brilham, quando se refere 

À professora Conceição 

Foi, a que mais marcou.

Solange, Conceição e Maria Inês...

Quando o assunto é professora 

Ele se lembra das três!.



De professores, ele fala pouco

Eram raros naquele tempo

Porém, quando surgiram

Vieram aos borbotões 

Isso, lá pela sua sexta série 

Vieram os irmãos Genofre

O Francisco Melo, o Robertão

 E o glorioso Serjão ...

Esse também lhe marcou

Por seu jeito amistoso

E  sua praticidade com as questões 

Que a vida apresentava.



Conta ele, sobre os amigos

Que foram ficando pra trás 

Quando a vida inexoravelmente 

Seguiu o seu curso "natural"

E fala também das pessoas 

Que entravam naturalmente 

No seu enigmático mundo 

Digo, enigmático, pois ele

Era um imenso poço de curiosidade 

Segundo ele mesmo o diz.

Ele fala de alguns de seus empregos

Diz que nenhum deles lhe fez feliz

Por ser ele, um cara...

Dado ao hábito de pensar 

E tornar público seu pensamento 

Tornava-se difícil todo e qualquer relacionamento .



Sua vida amorosa 

Começou com alguns tropeços

Pois o que sabia de amor, era o que via 

Era, o que lia e o que ouvia 

O seu primeiro amor, foi contemplativo 

Era bom com as palavras

Porém, não tinha qualquer eloquência 

Dado a sua imensa timidez

Diante do sexo oposto 

Sabia ser correspondido

E até os dias de hoje, essa lembrança o corrói.



O tempo se encarregou de ensiná-lo 

E como, pra leite derramado

Ainda não apareceu remédio 

O que era pra ter sido, mas não foi

É uma amarga lembrança 

Carregada de tristeza e tédio .


Entretanto, segundo ele

Vieram outros amores

Todos no seu devido tempo

Alguns ao mesmo tempo

Pois carregava consigo...

Um sede Homérica de amor 

Não vou detalhar seus amores

Por não saber de todos 

E pela indiscrição, que representaria

Posso afirmar, que ele hoje

Se encontra feliz, junto da sua amada.



Sei disso, porque o vejo

Não o perdi de vista 

Até mesmo porquê...

Sua honradez, em muito me inspirou

E até hoje me inspira 

Um amigo, uma referência.

Os nomes dos professores 

Segundo ele,  são todos reais.

Inesquecíveis aqueles tempos.

O que almocei no domingo?


Isso não lembro mais?



Lemos

17/05/2024






quinta-feira, 16 de maio de 2024

Pitadas de aventura



Não havia escolhido 

A vida que levava

Ou, a vida que a levava

Questão, de ponto de vista

Mas, quando percebeu

Já estava embarcada

Isso não a impediu de ajustar

A sua, quase infeliz, estadia.



Nesse mundo, onde não há prêmio 

Para falta de ousadia 

Ela, não era frágil por ser mulher

Apenas tinha se deixado levar

A existência, lhe parecia vazia e escura 

Faltava, a seu ver uma ou mais

Pitadas de aventura.



Abandonar o trivial

Seria machucar pessoas

E isso, ela jamais faria

Viveria as duas vidas

Que, ali estavam prontas 

Para serem, então ,vividas

Por isso, buscou o essencial

Sem, por isso, abdicar ao convencional 

Deixando-o rodando em segundo plano.



Seria, a válvula de escape

A ser utilizada bem lá na frente 

Quando sua chama aventureira

Estivesse perto de se apagar 

A sua, tábua de salvação 

Onde se agarraria, e espernearia 

Tentando abandonar os seus pecados

Como se eles, nunca houvessem existido.



Não sei dizer, se isso funciona

Na verdade, ninguém o sabe

Uma questão nunca respondida

O mundo, volta e meia, nos engana

Entretanto, não creio ser possível 

Enganá-lo.

Pois ele segue meio torto

Através, de sendas tortuosas.



E todo, riso que rimos 

E todo, pranto que choramos

Se fundem ao longo da estrada

Uma química sem nome

Uma experiência sem resultado 

Por não ter como ser relatada

Ela se foi, alguma parte dela...

Já havia se ido, e doído demais.



Era ver, seu porto seguro 

Se desfazer pouco a pouco 

Mas, não era assim tão frágil 

A sua fortaleza

Que, suportou relativamente bem

As provas a que foi submetida 

Servindo, no final 

Ao propósito a que foi destinada.



Entretanto, assim como todo Refúgio ...

Acrescentou, segurança e longevidade.

Porém, a imortalidade...

Essa fica apenas, para os membros 

Da nossa, hoje , questionável ABL.



Gosto de observar, alguns episódios 

E analisar, mesmo que a grosso modo

Alguns fatos e algumas fotografias 

Onde sempre surge, qualquer pormenor 

Que me aguça a curiosidade.


 

Vez ou outra, me acrescentando 

Novos conhecimentos 

Ou me incentivando 

A explorar um pouco mais.




Certa vez, uma pessoa querida 

Já sentindo, o hálito da morte 

Me disse, que o tudo...

Acaba dando no nada

Frase muito comum hoje em dia

Mas, excelente para reflexão 

É o que, às vezes dou como resposta 

Às minhas, quase sempre tolas, indagações.



Ao dizer que pessoas esperneiam

Para se desfazerem dos pecados

Não estou pretendendo julgar ninguém 

Não tenho, competência, autoridade e nem direito.

Mesmo, sabendo, que se existe pecado

Todo mundo já cometeu alguns

Só sei dizer...

Que ela, partiu desse mundo 

Se ela terá as respostas

Que eu e o mundo desejamos.

Jamais o saberemos...



Que Deus a coloque em um bom lugar

No melhor lugar e tempo possível.


Lemos.

16/05/2024











quarta-feira, 15 de maio de 2024

Diversidade.



A Diferença, passou por mim

Olhei para trás 

A Diferença, também o fez

Com um ar de desaprovação.



Acenei e sorri...

A Diferença retribuiu

Aparentando serenidade 



A paz se fez...

E, as "diferenças"

Se findaram de vez.


Lemos

15/05/2024

Não se aprende a ser sábio


Lembrando o passado
O óbvio, se afirmando
Simples dizer...
Apenas lembrando!
É isso que fazemos
Projetamos um futuro 
Enquanto vivemos o agora
Ruminando as escolhas 
E, aos poucos digerindo os fatos
Que insistem em se afirmarem


A vida seguindo seu curso
Dentro de uma enigmática aparência 
Onde, há esforço que valha 
E, tentativas falhas
É essa, a essência da vida
Algum acerto de vez em quando 
Cabendo, vez ou outra, uma comemoração 🎀 


E os sonhos esses, amiúde, permanecem
E dão margem a outros
É isso que nos impulsiona 
E nos dá razões pra seguir 
Fazemos algumas escolhas
Umas no tempo certo
Outras tantas precocemente 
Ou até mesmo, tardiamente.


E dentre essas escolhas 
Aparecem algumas equivocadas
Mas, isso também é factível 
Pois a vida segue o curso natural 
Porém, às vezes sofre algum desvio 
O que, não é o fim do mundo
Apenas, histórias sendo esculpidas.


Já vimos quase tudo
Contudo, ainda falta muito
Pois o repertório da vida
É imprevisível e infinito 
Embora, a nossa vida não o seja 
Nascemos, para outros irem
Partimos, para novas chegadas
O mundo tem muito a oferecer
Mas, é limitado o que nos dá.


Mesmo os que crêem ter muito
E os que acreditam ter tudo
Nada sabem da vida
Rico é o que sabe quê:
Nem tudo se pode ter 
Sábio, é aquele
Que admite pouco conhecer.
Pois moldar-se às realidades 
É menos mal, que ignorar 
As incontestáveis verdades.


Não se aprende a ser sábio 
Tampouco, a ser louco
Não há preparo para nenhum 
Ninguém nasce feito
A sociedade tenta nos modelar 
E às vezes consegue 
Em um ou outro quesito 
Mas, não conta com o imponderável 
Que pode mudar a rotação 
A opção e a trajetória.


Dando, outros rumos
Ao mais elaborado roteiro 
Já vi isso acontecendo
Dentro de muitas histórias 
Que eram tidas como consumadas
Não digo, que o sonho 
Deve ser posto em segundo 
Nem que os planos
Devem ser abandonados
Isso, certamente tiraria 
Todo e qualquer sentido 
Dentro de uma existência.


Simplesmente acredito
E, querendo ou não, pratico
A opção de uma nova alternativa 
De um recuo estratégico 
Talvez até, diminuir o tamanho da meta
Para depois voltar a ela na totalidade 
Procuro ver o que a vida pede
E priorizar o que realmente preciso.


Já me dei bem
Já me dei mal
Já chorei, também já sorri
Talvez em igual quantidade 
Ou talvez, um pouco mais
Para um dos lados
Como todo mundo, já sofri 
E, me afirmo muito feliz...
Por ainda estar aqui!

Lemos 
15/05/2024.








terça-feira, 14 de maio de 2024

Um tiro no pé

 


Quando jurou a si mesmo

Fazer o bem, sem olhar

Jurou uma grande mentira 

Pois o bem, não é um fato

Que se possa afirmar 

Ser algo consolidado

E quem ajuda, sempre escolhe 

De acordo com o merecimento 

Ou com a repercussão do ato

Ninguém ajuda um desafeto

Por mais que ele necessite...



Mas, ajuda o amigo

Por menos que ele precise

E por menos, que ele mereça 

Às vezes, ajuda-se em uma mentira 

E isso nada tem a ver

Com fazer o bem.



Vejo gente destoando da lógica

E, realmente ajudando

Um possível inimigo

Mas, apenas para humilhar

E mostrar, quem está por cima

Isso não se trata de uma boa ação 

Apenas, de alimentar o monstro

E sua sede de vingança.



Falam muito em humanismo 

Quando a humanidade já se perdeu

Dentro de velhos conceitos 

Ou de novas realidades 

Que, por serem fatos

Não significa serem aprazíveis 

E nem definitivos

E isso se aplica a todas as coisas.

Pois tudo tem seu prazo de validade 

Seja a longo ou curto prazo.



Não pretendo aqui

Buscar soluções, nem consertar nada

Pois sei, que as soluções são temporárias

E que, muitas indagações 

Só o tempo é capaz de responder

E nem sempre a resposta é satisfatória 

Mas, as lições não deixam de vir

Uns aprendem, outros não! 



Já tive, muitas revelações 

Entretanto, achei conveniente ignorar 

Algumas delas, o tempo se encarregou 

De esfregar algumas vezes na minha cara

E, foram novamente ignoradas

Por achar mais confortável 

Entretanto, o tempo não para

E volta e meia, nos mostra

O estrago, que faz no mundo

E também nas pessoas .



Mostra também a  bagagem 

Que cada um carrega

Ou que deixou para trás 

Por não conseguir, ou não querer carregar

E com certa ironia, nos dizendo 

Que não se recupera o que perdeu

Ou aquilo a que se renunciou.



Também já me propus a ajudar 

Mas, nem sempre, o que parece é...

Algumas vezes tive a sensação 

De realmente, ter ajudado 

Em outras tantas, a certeza

De um tiro no pé .



Porém, quem como eu é impulsivo 

Tem como objetivo o  próximo segundo

Apesar de saber que um ato isolado 

Não mudará a cara do mundo

Nem deterá sua marcha

Rumo a mais degradação 

Mas, todos sabemos quê 

O mundo já começou assim 

E atingiu uma boa longevidade.



Ele jurou fazer o bem

Sem escolher a quem 

Eu nada jurei!

E cometi erros, tentando acertar

Há, os que erraram conscientes

Em busca de comodidades.

Num mundo de mentiras 

Contrastando com as verdades 

Não tem como saber como será 

Resta fazer escolhas quando possível 

E engolir sapos, ao não ter outra opção .



Quem tem razão é a vida

Que bem ou mal...

Foi feita, para ser vivida.


Lemos 14/05/2024







segunda-feira, 13 de maio de 2024

A voz de Deus

 


Moro em uma pequena cidade 

De noite, escura...

De dia, obscura

Onde tem esgoto a céu aberto 

E ditador na prefeitura 

Cidade, onde têm ratos

De todas as modalidades 

Onde as mentiras, constantemente 

Se sobrepõe às verdades



Cidade "incompletável"

Mas, que se crê, mais que completa 

Onde as pessoas se submetem

Mas, tentam manter o orgulho 

E a espinha ereta.

Contudo, engolem o que lhes é permitido 

E seguem suas vidas

Teimando, em acreditar na felicidade.



E sempre sonhando em prosperar 

Em um terreno infértil...

Propício, apenas para os parasitas 

Que estão prestes a ir embora 

Pois, o que havia para sugar

Já foi sugado.



Um lugar, que vai virar deserto 

Pois, promete apenas, horrores

Para quem não acompanhar 

Os primeiros desertores 

Para onde irá esse povo?

Não há como dizer

Pois existem poucos lugares

Onde se possa ficar no mundo.



E quase, que tanto faz

Morrer, de tristeza e escassez 

Ficando na própria cidade

Ou sair para morrer

Diante de uma outra realidade 

Estranhamente parecida

Com a que ficou para trás.



Quem sabe, entrar em uma bolha

Como nos filmes de ficção 

E sair dela, trezentos anos depois 

Em uma outra paisagem 

Esperando por novos fatos

Mas, se deparar, sendo pisado 

Por quem deveria ampará-lo 

E, comidos, pelos enormes ratos!

Que serão parecidos...

Com os ratos, do longínquo passado.


Só que, mais numerosos e infinitamente maiores.

E assim, ver o sonho virar pesadelo 

Como, amiúde, acontece 

Com essa camada chamada, povo 

Que se denomina, como a voz de Deus...



Doce ilusão!

Eu acredito quê, se a voz de Deus

Um dia se fez ouvida 

Hoje ela, se encontra calada...

E, quando a voz divina

Não tem nada a dizer

Eu, resignado, vejo...

Que não há nada a se fazer?



Pois, se o que tinha de ser chorado

Já o foi por completo 

Então, não havendo mais

Lágrimas a derramar

E com todos ombros desativados

É, engolir a tristeza

Sem rebeliões e protestos

A Inês, estando já morta

Não há nenhuma fórmula mágica 

Não há bússola sem norte...



Nem placa de saída 

Seja ela reta ou torta

Quando não se tem para onde ir

Nem se deixar ao Deus dará 

Pois ele já deu...

 E, deixamos alguém tomar.

E já, que não resta o choro

Pois ele já está vencido

Pelo menos, um resquício de dignidade 

Vendo o fim...

E sabotando, um último gemido.


Lemos

13/05/2024








sexta-feira, 3 de maio de 2024

Melhor sonhar calado.

 


Não seria nada fácil

E ele bem o sabia

Porém, ele se afirmava

Como o cara mais Fodão

Que no mundo conhecia

Ele não era assim

Do jeito que acreditava.

 

 

Mas, coragem era algo

Que quase não lhe faltava

Não era ele, uma fortaleza

Porém, não vivia caindo

Aqui e ali adiante

Até mesmo porque

Não era uma empreitada

Que lhe exigiria qualquer força

Além da força de vontade.

 

 

E vontade...

Era, o que ele mais sentia

O que estava em jogo

Era seu atual grande sonho

Conseguir o objetivo

Seria o trinfo e a glória

Não conseguir seria.

Uma experiência vexatória.

 

 

Pois para quem se intitula Fodão

Fracassar é como assinar...

Seu certificado de Fanfarrão!

 

Lemos

03/05/2024

 

 


Feedback

 



Não gosto do termo, correr atrás

É uma confissão velada de estar atrasado

Ou de ter sido abandonado à sorte

Correr atrás, sempre me soou estranho

Talvez, por nunca o ter feito.

Dou o perdido, como perdido

Não corro atrás do ônibus

Ou, para tomar o trem.

 

 

Trocando tudo isso em miúdos

Jamais na vida me vi correndo

Atrás de algo, ou de alguém.

Toda oportunidade que é perdida

Deve ser tratada como ocasião já ida

O tempo sempre segue em frente

Mesmo porquê pela lógica

Nada no mundo segue, senão adiante.

 

 

Mas, sem liberdade de expressão

Passamos a ser assinantes

Da triste ironia da contemplação

Onde o mundo, faz e a gente assiste

Passivo, submisso e resignado

E não é exatamente esse tipo de resignação

Que põe a vida nos trilhos.

 

 

Aceitar uma perda, não deve ser visto

Como fracasso ou prejuízo

É pensar na sequência do existir

E, elaborar nova meta

Ou abordar a antiga de maneira diferente

Aí quem sabe, a vida lhe dê um retorno.

 

 

O tal de feedback, palavra da moda

Que faz alguns se sentirem mais importantes

Pelo simples fato de pronunciá-la

Seja, corretamente ou não

Mas, correr atrás no esporte é válido

Pois não dá para todos largarem na frente.

 

 

Mas, no relógio da vida

Vejo tudo isso de forma diferente

Mas, não condeno quem corre atrás

Quase todos os santos dias

Por ter dormido um pouco mais

O tempo, é uma das coisas

Que a pessoa deve saber respeitar.

 

 

Afinal!

O relógio é imparcial e não perdoa

Abrem-se as cortinas

E o espetáculo se inicia

E quem desejar ver na íntegra

Tem que tentar no outro dia

Se ainda estiver em cartaz

Tempo de dever, tempo de lazer

Tempo de oração

Tudo tem seu lugar e hora.

 

 

Tempo perdido, não é recuperado

É máquina, sem possível conserto

Tentar recuperá-lo, pode dar

Em um desastre irremediável

O ideal seria assimilar o golpe

E esperar o round seguinte

Entretanto, para os que correm

Atrás do prejuízo ou do lucro

Eles têm, todo meu respeito.

 

 

Pois cada um é cada qual

E merece viver do seu jeito

Que somente a vida e o tempo

Podem mudar ou não

Na existência, acredito eu...

Que tudo, tem a sua razão

Mesmo que seja educativa

Ensinando-nos o que se deve

E o que não se deve fazer.

 

 

Um tombo ou uma trombada

Podem mudar uma trajetória

Seja ela, certa ou errada

Mas é inegável que no final...

 Sempre haveremos de ter....

Uma história!

 

Lemos

25/09/2022

 

 

 

 

 


quinta-feira, 2 de maio de 2024

Fujo, de com quem me pareço.

 


Foi assim procurando 

Que nada encontrei 

Pois não sabia o que procurava 

Virei o mundo, por assim dizer

Mas, não saí do lugar 

E nem, da mesmice das pessoas

E hoje lembrei da minha mãe 

Que vez por outra dizia:

( Se junta, quem se assemelha).



Frase noventa por cento verdadeira 

Dependendo da época e do momento 

Hoje fujo, de com quem me pareço. 

Pois, minha mãe também dizia...

(Dois bicudos não se beijam!)

 Dito, que também caiu por terra

Hoje, vejo muitos bicudos e bicudas

A se beijarem descaradamente

 Minha mãe, afirmava repetidamente...

Que, ninguém perde por esperar.


 

Já perdi muito, por esperar

E também por não esperar

O que derruba o clássico 🏛️ 

Maomé vai à montanha...

Já morri, por vezes ao pé dela

Sei que sonhos

Às vezes se distanciam da realidade 

Contudo, tem gente, que pode sonhar 

Com tudo aquilo que quiser

Pois tem o 💶💰 direito 

De moldar seus próprios sonhos .



Mas, nada mais honesto 

Do que, um dia após o outro 

Onde entramos em um sonho 

Ou, talvez, em um pesadelo 

Ou saímos, de um dos dois

E percebemos que poder, e sofrer

Têm prazo de validade

O segundo, um pouco mais  elástico.


Alguém haverá de questionar 

Se tenho ou tive pai

Sim, eu tive!

Embora, com ele não tenha aprendido 

Muito além do suficiente 

Ele não era dado a provérbios 

Mas, era exímio contador de histórias 

Na grande maioria sobre assombrações 

Foi com ele, que aprendi a sentir medo.



Um dos poucos ditados que ouvi

Da boca de meu pai...

Foi o do macaco velho 

Aquele que não punha a mão 

Em cumbucas, ou outro buraco qualquer 

Desdenhei em silêncio 

E depois, muito depois!

paguei o devido tributo .

Por colocar a mão e o nariz

Onde não era aconselhável .



Tive um bom exemplar de pai

Para os  moldes daquela época 

Teria sido ele, o melhor exemplo 

Não fosse sua irritabilidade 

Da qual não me orgulho 

De ter herdado um bocado.

Entretanto, aprendi a ser grosso

Sem perder a linha

E sem avançar qualquer sinal.



Com ele, aprendi a apenas querer 

Aquilo que me pertencia por direito 

Sou grato ao meu pai

Por não me ensinar a ganância 

E nem me deixar picar

Pelo inseto 🐜 da inveja.

Posso me afirmar feliz

Mesmo que, às vezes, pelo avesso 

E por caminho áspero e tortuoso

Mas quê, por sua vez, me assegurou 

Um presente, assaz honroso.


Lemos 

02/05/2024




quarta-feira, 1 de maio de 2024

Pelo final da viagem!

 




Caridade pega mal.

Quando não é de verdade

Quando é posta no jornal.

É isso que as pessoas

Vem fazendo dia após dia

Tentando enganar a verdade

Enquanto ela esta dormindo.



Mas, no momento em que acordar

Vai gritar aos quatro ventos

E trazer à tona o tamanho

Do pecado cometido

E a cobrança será inevitável

Caridade politica é mentira escandalosa

Falsidade escancarada!



Aceita pelo desespero ou....

Por sentimentos análogos

Onde o que importa é a vantagem

Mesmo que momentânea

Uma sentença assinada à punho

Em uma decisão errônea

Cujo preço, é maior que o beneficio

Onde o mal devia ser extirpado no inicio.



Mas, o mundo vem seguindo assim

Desde os tempos mais remotos

E, embora o homem tenha evoluído

Não comediu seus maus instintos

E dá prioridade à lei da vantagem

E só vai dar voz à razão

Lá pelo final da viagem

Onde não haverá forças 

E nem tempo para recomeçar.



Só restará vestir o terno de madeira

E ter pela frente

Uma nova "vida" inteira

Onde o calor prevalecerá

E, embora não se acostume

Aos gritos, haverá de suportar

Aquilo que será sua nova vida

Onde não haverá qualquer caridade.



E  a dor será...

A única verdade...

É o que ouço dizer, e gostaria que fosse 

Exatamente desse jeito

E que tudo não terminasse

Em pizza , ou em flores

Nada mais justo, que um caldeirão ardente

Pra quem semeou ,um mundo de horrores.


Onde, o que realmente acreditou

Foi humilhado e esmagado

Sem qualquer resquício de piedade

Oxalá, a verdade definitiva

Seja, realmente, de verdade!


Lemos

01/05/2024