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domingo, 30 de março de 2014

Além de conversar.










                       A bela mulher, novamente foi ao bar.
Estava deprimida, e queria desabafar.
Por que, então não foi à igreja?
Talvez: Por não haver cerveja
Ou por não ter, o reconfortante caldo.
Que só se encontra, no bar do Arnaldo.
A bela mulher voltou ao bar.
Quem sabe! Além de conversar
Queria também; fazer-se notar.
E, além disso, se sentir desejada.
Tendo, sua autoestima levantada.
Para dar, seqüência a sua vida.
E ver-se menos deprimida
No bar do Arnaldo, não se ouve sermão.
Por isso: é que, não foi a igreja.
Lá no bar, não se questiona a razão.
Pois; o bom e velho Arnaldo sabe escutar.
E nunca se atreve a julgar
E sem julgar, não se pode condenar.
A linda mulher fez novas amizades.
E, minimizou as adversidades.
Ao ver que a vida, tem seu outro lado.
Depois, de um casamento fracassado.
E, tomando uma bebida esverdeada afirmou:
- O lado escuro de minha vida, acabou!
E mais linda, ainda, se viu.
Sob tantos olhares libidinosos
Abriu a bolsa, pagou o que consumiu.
E saiu sozinha como chegou.
Porém; com a alma apaziguada.
Tal a clareza, que se instalou.
Saiu para a rua, sob a fina garoa.
Um homem exclamou: Que coisa boa
Outros se limitaram ao pensamento.
Sem a molestar, em qualquer momento.
Um bem mais velho disse:
- Que Deus a proteja!
E pediu ao Arnaldo, mais uma cerveja.
O sábado; já havia morrido.
E com ele, alguma triste lembrança.
Que com a bebida, havia descido.
Entretanto, a noite:
Ainda, permanecia criança.

Lemos domingo 29/01/2006.  10h47min.

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