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segunda-feira, 17 de março de 2014

Sem chão.

                                                                               



                  


Na noite fria
Eu estava só
E só também.
Na noite de calor
No dia chuvoso
Sozinho estava
E no ensolarado
Só continuava!

Não havia diferença
No meu estado
Na minha solidão
Não tinha onde pisar
Nem onde por a mão
Era difícil me aceitar
Não havia chão
No qual pudesse me firmar
Nem qualquer condição
De me afirmar!
Como homem que sou
Nem sequer...
Podia sonhar

Entretanto, ainda sonhava.
O que foi minha salvação
Já que não havia vida real
Na qual me escorar
E assim, para não morrer.
Optei por devanear
E de devaneio em devaneio
Construí meu mundo
Que é o que hoje estou
Tanto necessitei, tanto orei.
Que o paraíso enfim
Materializou-se.

Lemos



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