- Olá cavalo, bom dia!
E a família, como vai?
- Tudo bem, comigo também.
Vai-se levando a vida
Dura, e às vezes doida.
Mas, é só não cutucar a ferida.
- É cavalo, sei que é difícil.
Pra cavalo e para as pessoas
Língua chicoteia o corpo
Quando não para na boca
- Pois é cavalo, eu sei!
- Pois é cavalo, eu sei!
De coisas do arco da velha
Entretanto, não falo por aí.
Já o fiz, e me estrepei.
Escrevia e não lia
Assim, arruinava meu dia.
E com ele o de mais alguém
Pau que dá em Chico
Dá em Francisco também
Dava e recebia, batia e apanhava.
Apanhava, e já não batia.
Tudo por causa da palavra
Esbanjada e mal usada
- É, cavalo!
Não entra qualquer mosca
Em boca que está fechada
Por isso, agora me calo.
Pois quem fala demais...
Dá bom dia a cavalo!
Lemos
Vinte e seis de março de dois mil e
catorze.
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