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domingo, 9 de março de 2014

Somente à frente




Ao olhar para trás
E não ver ninguém
Acenando pra mim
Percebi ser ali, o fim.
Notei que minha volta
Não seria esperada
Somente à frente
Haveria estrada

Não me senti injustiçado
Tudo tem a sua hora
Era aquele o momento
De ir-me embora
Apenas espantei-me
Em ver exaltada minha ida
Havia me enganado
Em meu próprio julgamento
Segui caminhando
Aquele não era o momento.

O momento foi logo após
A primeira curva do caminho
Não via mais a velha casa
Sentei-me e chorei sozinho
Sozinho, como sempre fui.
Sem jamais perceber
Como sempre, o lesado.
É sempre o último, a saber.
Não digo:
Que alguém me prejudicou
Refiro-me à maneira, como acabou!

Mas, acabou, tá acabado!
Há muita estrada à frente
Resta-me apenas seguir
E cumprir meu papel de gente
Procurar ser um pouco melhor
Para de novo não ser taxado
Como, dos homens o pior.
Não mais digo:
Dane-se, o prejudicado!
Depois que a corda arrebentou
Justamente do meu lado!


Lemos

Nove de fevereiro de dois mil e catorze.

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