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segunda-feira, 31 de março de 2014

Longe das casas






Sou, o que pedi à vida
Sou, o que me dei
Não posso reclamar
Se não ousei voar
E vendo, o mundo pequeno
Não o censuro, nem condeno.

Se, não ampliei o horizonte
Não preciso de asas
Vivo; aquém do monte
E longe das casas
Criei-me, em meu medo
Disso, não faço segredo!

Nesse mundo; limitado
Sem ousar sequer
Um pequeno resultado
Um, trapo qualquer
Que; vê-se desamparado
Apenas, porque quer!

Vejo-me agora, sem assunto
Sem sorriso e sem coragem
Por, antes ter tido pavor
Nada, trago na bagagem
             E pouco, ou quase nada sei
Nem mesmo, sobre o amor
Quando, nunca me amei

Isto; bem o sei!
Não há como, negar
Nem tenho a intenção
Espero, a morte  chegar
E que, se finde a missão
Para, não ser nada...
  Melhor, sair da estrada!



 Lemos







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