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domingo, 30 de março de 2014

Azar o seu.









Seu silêncio
Já estava
Pré-aprovado
Só faltava mesmo
Era, ficar calado.
Só abria a boca
Pra se enaltecer
Pra humilhar
Pra ofender
Bem que podia...
Ser de outra maneira
Mas teve
Uma vida!
Quase que inteira
Para entender
E mudar...
Para respeitar
O semelhante
E em nenhum instante...
Observou.
Sequer por um momento...
Respeitou
Agora, enfim, mudou.
Ou, então, foi mudado.
Não importa!
Tudo tem...
Mais que um lado.
Não teve outro jeito
Já quê:
Não mudou por amor.
Não mudou por respeito
Teve que mudar pela dor
O mundo lhe disse:
Mude!
Você não entendeu
Ou fez de conta que não
O azar foi só seu!
O mundo tinha razão!


Lemos
Trinta de março de dois mil e catorze.

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