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quinta-feira, 6 de março de 2014

Brigando e ficando



Mesmo dizendo não
Vou ficando
Sem esboçar reação
Difícil, sair dos trilhos.
Difícil, abandonar os filhos.
A mente, nos mente.
Dificultando nosso
Papel de gente.

Filhos!
Temos que acabar de criá-los
Temos que alimentá-los
E lhes ensinar as coisas certas
Incentivar lhes algumas
E toldar-lhes outras descobertas.
Só pensando, em separação.
Depois de cumprida a missão.

Fui criado dessa maneira
Vendo a vaca indo pro brejo
Dia após dia
Minha mãe era difícil
Meu pai
Não esbanjava simpatia
Mas, em nome dos bons costumes.
Foram ficando e ficando
E eu ganhando novos irmãozinhos
De vez em quando.

Meu pai ficou
Minha mãe também ficou
Para o bem de sua prole
E somente, a morte os separou.
Hoje “adulto” e sentindo na pele
Que tudo na vida tem seu valor
Sei bem! Na enrascada que estou
E sei também...
Que brigas; podem ser blindagens.
Que envolvem e conservam o amor.

Lemos

Brigando e ficando.

Dois de março de dois mil e catorze.



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