Powered By Blogger

terça-feira, 26 de maio de 2015

Torto por linhas tortas




Quando passei!
Fingiu não me ver
Em sua vida.
Fui um nada
Em sua estrada
Mas agora!
Que dei por certo
A iminência do fim
Como então?
Lembra-se de mim.



Que não existia!
Que não tinha...
Nem cheiro
E nem cor
Como pode?
Falar em amor!
Para uma nulidade
Para um fantasma
Fora da sua
Tão cantada realidade.



De mulher
Que tem os pés
Bem calcados no chão
Talvez tenha passado
O duradouro efeito
De minha estranha tinta
Que me apunha
Uma certa invisibilidade
Talvez seja eu...
A fantasia tendo traços
De verdade.



Mas agora!
Que sou uma verdade
Não acrescento nada.
De invisível que fui
Passei a não ver
Também a estrada
Passei a não idealizar
Qualquer meta...
Por pequena que seja
Mas, de sua grandiosidade.
Quero que Deus me proteja.



Já basta o tempo
Em que cantava...
Batucava e sapateava.
E você sequer me notava
Invisível pra você!
Mas, não para o mundo
Que hoje, é a minha casa
O que era antes
Uma ideia inconcebível
É hoje formiga com asas.



Que tem à frente...
Um mundo inteiro
E que se vê e é visto
Em todo e qualquer formigueiro
Que é ouvido e respeitado
Não faz menor ideia
Do que é não se fazer notado.
Pela pessoa que mais importa.



Hoje me faço entender
Escrevendo torto em linha torta!
Rezando e sempre levando flores
A uma esperança morta
Até mesmo
Para que permaneça em seu lugar
Além da imaginação
Pois foi por tanto imaginar
Que amarguei a lição
De que nem sempre...
O amor está com a razão!



Lemos
26/05/2015




Nenhum comentário: