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quarta-feira, 13 de maio de 2015

O tamanho do engano






Foi por um dedo de prosa
Que se desfez um mar
E a vida perdeu o tom rosa
Talvez por educação
Perdeu o caminho
Ao ver se esconder a razão.



Foi que se encontrou sozinho
Sem poder se defender
Um dedo de prosa
Desandou num universo
De conversa perigosa
Que o tirou da paz.



Era tarde para voltar
É também cedo...
Para ir a qualquer lugar
Mesmo porque não tinha pernas
Com as quais pudesse caminhar.



Um dedo de prosa!
Matou seu sonho de amor
Destruiu sua risada gostosa
Não digo que eternamente
Pois eternamente é tempo
Que não dá pra mensurar.



Eternamente!
É força de expressão
Mas não vejo sobrevida
Para aquele pobre coração
Pois o jeito de ser de quem é bom
É muito difícil de mudar.



E o mundo é cruel
Diante da ingenuidade
De quem não tem olhos
Para a inveja e a maldade
Por um dedo de prosa
Deu assunto ao "encardido"
E pagou pelo que não fez.



Foi alto o preço
Por ter sido cortês
Por ter sido boa gente
Mas olhando...
Por outra perspectiva
Ele nada perdeu
Naquele infausto dia.



E isso apenas o tempo
Poderá lhe revelar.
Pois quem o condenou...
Sequer o merecia!
Pois nem mesmo o amava
Tanto é que nele não confiava.



E somente o tempo dirá
O tamanho do engano
Mas o tempo é imprevisível
E tem seu lugar e hora
Pra alguns chega bem
Para outros se arrasta
Até que se vão embora!


Lemos
12/05/2015


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