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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Hoje me recuso a sofrer!








O meu tempo se esgotou
Bem antes do seu
Muito antes da hora
Enquanto eu fazia planos
Você já me mandava embora



Fui é claro!
Minha mãe me ensinou
A não forçar a barra
Ela sabia o quanto é penoso
Ter que seguir na marra.



Por um caminho
O qual deseja abandonar
Por isso quando expulso
Conscientemente obedeci
Era tempo de lhe liberar
Para vê-la!
Feliz ou não, continuar.
E continuamos!
Cada um do seu lado
E do seu jeito.



Dei um nó no coração
Para não ouvi-lo gritar
Desamarrei a razão
Que pastava logo ali
E, resignado a encilhei.
Montei nela e parti!



De lá pra cá
Ainda não tive paz
Por conta da enorme falta
Que você me faz
Não podia!
Ter-me mandado embora
Ainda não era hora!
Tinha eu muita coisa guardada.



Ainda havia muito a lhe oferecer
Mas, apressada, se recusou a ver.
Sequer perguntou! 
Se eu tinha algo a dizer
Eu tinha!
Mas agora não vem ao caso
As folhas já estão caindo
E já começou a esfriar.



Hora de me recolher
Junto com minha amargura
Mata-me o dia cinzento
Apavora-me a noite escura
Sem a luz que de você irradiava
Quando vivia ao meu lado
Mas é passado!
E água passada...
Nada lava!



Por isso vou tentar
Seguir por outro caminho
E levar minha alma
A outro manancial
Onde possa ser lavada
E matar sua sede.



E desse modo
Aprender a reconhecer
Obstáculos da estrada
E considerar a possibilidade
Do tudo, do pouco e do nada!



Ainda havia luz
Mas, precipitadamente
Você fechou a porta
Impedindo sua passagem
Não sei agora, se finalmente.
Encontrou o que procurava
Quando decidiu que eu...
Não mais servia não lhe bastava.




Porém hoje me recuso a sofrer
E quero levar a recusa adiante
Gostaria imensamente de vê-la
E sabê-la ainda tão falante
Acho que vou tomar um trago
Toda separação é desgastante.




Tirar o pó da garganta
Engolindo-o com caipirinha
E o solidificando
Com a gostosa e nada saudável...
Gordura do torresmo.
Ouvir música brega
Enquanto estiver à esmo!




E, enfim, quando me apontar o norte.
Levantar ancora e novamente seguir
Por mares nunca navegados
Em imponente embarcação
Tendo na proa seu nome...
Emoldurado por um coração!





Lemos
08/05/2015


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