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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Cabrocha colorida!

O meu país é bom
Posso dizer!
Que é maravilhoso.
Mas, o material humano.
Deixa a desejar
Porém, isso é doença mundial.




Aqui o sol brilha
Para todo mundo
Para muitos traz satisfação
Mas para outros tantos
Traz apenas insolação
Temos direitos e deveres
Temos poderosos e poderes
Temos o direito de permanecer
Submissos e calados!



Temos também!
A obrigação...
De sermos humilhados.
É lindo meu país!
Entretanto, o depreciam.
Exatamente, os que deviam cuidar.
Do país e de sua gente.
São os que vivem a aniquilar
O ambiente e também o povo
Que ingenuamente os escolheu
Pra governar e cuidar.




Aqui tem mar azul ou verde
Tem céu cinzento e anil
Tem céu de brigadeiro
Tem Rio de Janeiro
E também encantos mil
Tem policia pra proteger
Tem policia para matar
Policia pra prender bandido
E tem juiz para soltar!




Tem juiz e promotor
Pra humilhar, condenar...
E para multar trabalhador
Meu país tropical
Abençoado por Deus
E bonito por natureza
Onde a saúde, segurança e educação.
Certamente, não primam por beleza.


Nesse chão tem pastor
Que faz o milagre da cura
Através dos caminhos da fé
Tem também, pastor garanhão...
Padres, que gostam de meninos.
E falam em salvação!
Tem igreja formando quadrilha
Dando diploma de ladrão!




Meu país é rico e imenso
E, exageradamente, varonil.
Mas perde em credibilidade
Temos uma independência
E temos também a morte
Somos entregues a todo azar
Mas apostamos na sorte!




Choramos pela dor do cão
Que a tevê nos mostra
Com aquele amor que só se vê
Através da televisão
Não percebemos ou até mesmo
Ignoramos
A dor ou a fome do irmão!




Veio a democracia!
Bem depois da independência.
Que, célere, seguiu seu rumo.
De ser dependente
A tão sonhada democracia!
Era tudo que a gente queria
Mas não veio plena
Chegou dando a muitos
O direito de matar...
De estuprar e de roubar
E, para a grande multidão.
Sequer o direito de se tratar
E de se alimentar.




Entretanto...
É lindo meu país
Onde ainda ouço...
O sabiá laranjeira cantar!
Meu país é mesmo um amor
Tem Corcovado!
Tem Cristo Redentor
De braços abertos sobre
A maravilhosa Guanabara
Meu país de homens de brio
E homens sem vergonha na cara!




Aqui tem vatapá, tem acarajé.
Tem tapioca, tem mungunzá.
E todo bicho vem pra cá!
Tem bicho de goiaba...
E também bicho de pé
Que, só quem teve.
Sabe a gostosura que é!




Temos a cabrocha colorida
Enfeitiçando a avenida
Ao sambar!
Dando vida à imaginação
Dando voz à libido
E alegria ao coração
Temos por aqui...
O horror!
Em forma de mulher formosa
A morte!
Embarcada na mulher gostosa
Temos a mulher de beleza exótica
E por isso, maravilhosa!




Meu país tem flamengo
Tem fusca, tem violão.
E tem a nêga chamada Teresa
Tem a mim!
Que não desfaço de ninguém
Aqui em cada cinco
Dos que realmente acrescentam
Seis não se sentem bem.




Com o retorno que vem
Do seio da Pátria Amada
Que tanto promete
Mas não retorna nada
Para não reverter a natureza
Uma vez Flamengo...
Flamengo até morrer!
Uma vez miserável...
Também!




Aqui sabemos o que  podemos
E até onde devemos ir
Depois desse ínfimo limite
Resta-nos calar e concluir
Que o nosso tudo é quase nada
Acreditar em sina
E serenos admitirmos...
Que não tem culpa
A pátria amada!




Terra do mais belo sol
Do imprescindível carnaval
E do melhor futebol
Da mais gostosa feijoada
E da mágica caipirinha.
O irmão estrangeiro jocosamente diz...
"Tudo bem!"
Eu por meu turno me calo...
Só se mostra mesmo.
Aquilo que se tem!






Lemos
07/05/2015



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