Powered By Blogger

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Ainda sou seu!

Ao lhe encontrar
Perdi-me novamente!
Sem voz pra lhe falar
Sem mãos pra lhe tocar.
Havia ar!
Mas meus pulmões
Não podiam respirar.




O suficiente para manter
A minha serenidade
As poucas palavras
Que pude balbuciar
Por si só bastaram
Para lhe mostrar
Todas as cores
Da minha dependência.




E, mesmo que nada falasse.
Meu miserável olhar
Implacavelmente me delatava
E o estranho tremor de minhas mãos
Escandalosamente gritava...
Que ainda sou seu
E, mesmo esboçando a partida.
Não me movi do lugar
Minha alma gritava...
Lá de dentro.
A desventura de lhe amar.
A evidência de lhe pertencer.




De maneira tal!
E a ponto...
De nada restar a fazer.
A não ser seguir...
Sendo seu servidor
E jamais reclamar
Por ter que me desdobrar
Na missão de ter ao menos
Um leve sinal do seu amor
Que muitas vezes minha paixão
Acenou-me como provável.




Entretanto, minha razão.
Que nunca primou por ser notável
Amiúde, me chamava à realidade.
Mas, paixão é doença!
Que não admite outra verdade
Senão aquele que quer viver
Ao lhe encontrar
Encontrei-me novamente...
A me negar!




Lemos
06/05/2015






Nenhum comentário: