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terça-feira, 12 de maio de 2015

Salvas as proporções!



Abrir mão do que tem
Pra pagar o que não deve
É assim que sentem as pessoas
Que são exploradas
Pela indústria da multa
Aqui no país dos encantos mil.



Seja no mais perdido rincão
Ou na cidade maravilhosa!
Levando a crer que justiça
É mais que propaganda enganosa
Dói mais a multa
De quem sai para pescar
Do que a de quem criminosa
E propositadamente
Joga óleo e lixo no mar.



Dói mais a multa
De quem cria um passarinho.
Do que a de quem
Mata floresta, nascentes...
E tudo que estiver no caminho
Da ordem e do progresso
Ditados pelo sujo capitalismo.



Dá vontade de vomitar
Tanta pouca vergonha
E tão mal disfarçado cinismo!
A multa para o pobre
Tira o sapato de seus filhos
E o alimento do dia a dia
Tira sua paz e sua dignidade
A multa para o rico empresário
Que emporcalha o planeta
É economia de verdade.



Pois por uma quantia irrisória
Evita gastos maiores
Com equipamentos antipoluentes
E com pessoal qualificado
A corda e o lado fraco.
Sempre o mesmo ditado!
E sei que será sempre assim...
Até o fim!



Lemos
12/05/2015



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