Abrir mão do que tem
Pra pagar o
que não deve
É assim que
sentem as pessoas
Que são
exploradas
Pela indústria
da multa
Aqui no país
dos encantos mil.
Seja no mais
perdido rincão
Ou na cidade
maravilhosa!
Levando a
crer que justiça
É mais que propaganda
enganosa
Dói mais a
multa
De quem sai
para pescar
Do que a de
quem criminosa
E propositadamente
Joga óleo e
lixo no mar.
Dói mais a
multa
De quem cria
um passarinho.
Do que a de
quem
Mata floresta,
nascentes...
E tudo que
estiver no caminho
Da ordem e
do progresso
Ditados pelo
sujo capitalismo.
Dá vontade
de vomitar
Tanta pouca
vergonha
E tão mal disfarçado
cinismo!
A multa para
o pobre
Tira o
sapato de seus filhos
E o alimento
do dia a dia
Tira sua paz
e sua dignidade
A multa para
o rico empresário
Que emporcalha
o planeta
É economia
de verdade.
Pois por uma
quantia irrisória
Evita gastos
maiores
Com equipamentos
antipoluentes
E com
pessoal qualificado
A corda e o
lado fraco.
Sempre o
mesmo ditado!
E sei que
será sempre assim...
Até o fim!
Lemos
12/05/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário