Quando lembro
Fico espantado
Com as não atitudes
Que tomei
Crendo agir!
Assustado por ir
Até onde não precisava
Apenas para não ser
Tachado de ausente
Quando a ausência
Seria a medida certa.
Mas, lá atrás era eu.
Nada mais que um frangote
Gritando minha afirmação
Que não se afirmou
Pois, de tudo que apregoei.
Nada sou!
E dou graças por isso
Pois estava equivocado
Com meu plano de afirmação
Acredito estar mais
Era buscando aceitação
É claro que não me afirmei
E que também não fui aceito.
Numa manada de jovem
Crus e prepotentes
Não há santo que dê jeito
Mas a confusão
Estava estabelecida
E ainda caminharia comigo
Um longo trecho em minha vida.
Pois quando pus fim
Ao demônio da arrogância
Dei à luz ao cruel
Monstro da insegurança
E do frangote confiante
Veio o pensador hesitante.
Que idealizava...
No entanto, nada fazia.
Queria repensar
Deixava para outro dia
Outro dia...
Onde nova ideia surgia
Alimentava-se e crescia
E ficava pro outro dia!
E esse lenga lenga*durou
E de vez em quando
O fantasma da prepotência
Aparecia para assombrar
E nem minha própria mãe
Conseguia me aturar
Levava algum tempo
Para o fantasma
Voltar ao seu lugar
De onde não deveria
De modo algum ter saído.
Pois ser confuso
E voltar a ser arrogante
Seria, ver tudo perdido.
Entretanto, fui seguindo.
Aquilo que passei
A chamar de sina
E depois descobri que não era.
Era a minha insegurança
Pondo-me nas garras da fera
Que existe na vida de cada um
O capeta é invasor comum
Ouvi-lo ou bani-lo!
É opção de cada um.
Mas, não é simples assim.
Só eu sei o que ele
“Generosamente” propôs a mim
Mas havia a maldita mania
De deixar tudo...
Para o próximo dia.
E foi isso que me salvou
Pois no dia seguinte
O encardido faltou
E apareceu uma mulher
Oferecendo-me um produto
Nem me lembro de qual
Pois bugiganga é tudo igual.
No entanto, mulher não!
Aquela despachou o capeta
E fixou âncora no meu coração
Foi aí, então, que a coisa mudou.
Hoje sei a que venho
E também quem sou!
Tenho alguém a quem amar
Amo e dou real valor
Descobri quê...
Se santo algum doma um jovem
O diabo não vence o amor
Seja na juventude
Ou em que época for!
Lemos
18/03/2015
*Conversa fiada
Um comentário:
QUE BÁRBARO MAESTRAZO!!!!!!!!!!!!!!
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