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sábado, 28 de março de 2015

O ônus da ingratidão






Dizendo sim!
Fui o melhor
Temporariamente.
Virei um cão!
Quando disse não
Logo à frente.



Dura forma
De achar o caminho
Difícil, porém, eficiente.
Jeito de piorar
Enquanto gente!



Infelizmente é assim
Só se percebe o estrago
Bem perto do fim
De um ciclo vicioso
Onde o sorriso do amigo
Faz o ato de servir
Parecer algo gostoso



Mas o crivo da ingratidão
Ao penetrar na alma
Devolve-nos os pés ao chão
E o pranto a banhar
E enfear o rosto
Grita ao mundo
A dimensão do desgosto



Desgosto que aleija
No entanto não mata
Não mata, mas piora.
O coração da pessoa
Através do arrependimento
Pela obra tida como boa.



Que no final
Só serviu para mostrar
O rumo que o mundo tomou
E também pra lamentar
O que a vida me legou
O ônus da ingratidão
Foi ter...
Que negar o que sou!



Lemos
28/03/2025




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