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domingo, 22 de março de 2015

Todas as estradas












Era colorida sua estrada    
E por nada!
Ela a abandonava
Era sua!
E mesmo assim.
Ela questionava
A legitimidade.



Ela era!
Assim, desconfiada
Já havia visto mudar
Mais de uma vez...
A realidade dourada
Já havia visto, também.
Mudar para boa
Alguma situação tenebrosa.



Mas, disso ela não lembrava.
Sabia apenas que o belo
Desvanece-se por si só
Como que por encanto
Para o seu desencanto.
Era isso, que a torturava
E que lhe roubava o sono.



Andava por estrada florida
Mas, não apreciava as flores
Sequer sentia o perfume
Dizem que ciúme tempera o amor
Mas, prefiro o amor sem ciúme.
Nem, o que possa ir...
Tampouco, o que vem.
Nenhum dos tipos faz bem.



"Viver o hoje sem pensar
No próximo dia"
Disse-me um artista itinerante
Suposições matam e ferem
No mundo todo e a todo instante
Quando aos fatos...
Por serem fatos...
São inquestionáveis.
Por serem crua realidade.



Alguns podem ser mudados
Outros são como fatalidade
Que nos impelem ao crescimento
Da própria visão
Que, sempre olha de dentro
Que, sempre vê os extremos
De forma errada...
E, amiúde, antes da hora
Tem caminhos que são vistos
Quando olhados no mapa
Em forma de retorno.



Ou seja!
Como se fosse visto
De fora pra Dentro.
Com a gente é assim
Para entender o centro
De onde veem as aspirações
Verdadeiras que a alma tem
Dessa forma pode-se chegar
Senão totalmente...
Mas um pouco mais próximo
Ao ponto do entendimento.
Entretanto, ansiedade burla as ideias
Por corromper o pensamento.



Disse, também, o mambembe
Que estando doce, é aproveitar...
O momento aparentemente ideal.
Contudo, sempre lembrar
Que a vida é feita
De açúcar e também de sal...
E que, juntos ou separados
Nunca há uma combinação ideal.


Falou, que não se pode
Sonhar com perfeição
Por viver um momento
Aparentemente perfeito
Disse, que já viu lindos pontos
Serem desfiados
Mas, em contrapartida.
Viu muitos nós sendo desfeitos.
Sugeriu o glorioso artista:
Que todas as estradas
Tem inúmeras saídas.



Que não precisamos insistir
Em seguir até o final
Toda estrada em que entrarmos
Ao longo de nossa vida.
Foi observando a insegurança
Da estranha mulher.
E a serenidade do palhaço
Que me tornei.
Menos idealizador...
E bem menos impulsivo.



Hoje já pego desvios... 
Alguns deles me mantiveram vivo
Para empreender novas viagens
E aprender a absorver...
E também reescrever
Algumas novas e possivelmente
Boas mensagens!



Lemos
22/03/2015







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