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segunda-feira, 2 de março de 2015

Todo mundo sabe!





Tirou-me da mão o copo
E da boca as palavras
E também o sabor
Calou-me da alma a canção.
Rasgou meu passaporte
Jogou-me ao chão
Disse-me não!
E me dizendo não
Fechou de vez meu sorriso
Escureceu meu horizonte.


Do tal forma...
Que me obrigou
A novamente olhar pra trás.
Não tinha o que conjurar
Era ponto final
Sem a menor possibilidade
De novo parágrafo
O epílogo era real
Ao arrancar!
De minha mão aquele copo.


Tirou-me também!
A estranha dependência
Que, como você pensava...
Não era da bebida
Era, sim, de você! 
Que jamais percebeu
Porque nada mais vê
Além do seu umbigo
Digo-lhe adeus...
Sem lhe dizer...
Adeus querida!


Volto sobre meus rastros
Refletirei melhor
Sentado na primeira pedra
Do alicerce de minha vida
Onde tive!
Meus primeiros sonhos
E de onde!
Parti para o mundo.
Talvez lá esteja a resposta
Que possa me conduzir
Através da existência.


Sem precisar novamente
Voltar ao começo
Sem quê!
O mundo me vire ao avesso.
Sem quê!
Outro pecador como eu...
Novamente me condene
Ou me deixe condenar
Quero ter o direito
De errar e acertar
De acertar e errar.


De beber quando quiser
E não beber ou comer
Quando não quiser
Quero de vez em quando
Poder virar a mesa
Tirar uma carta da manga
E gritar ao mundo:

Roubar é fácil!
Todo mundo sabe...
No entanto, não roubei!


Mostrar a que vim
Seguir de acordo...
Com meus princípios.
Não permitir!
Que o mundo me seja...
Ou que me faça.
Uma pessoa ruim!



Lemos
01/02/2015


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