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segunda-feira, 27 de abril de 2015

O bicho que não presta




Era feliz!
Quando morava lá
Na calma floresta
Dentro do velho baobá
Diziam que eu era
Um velho ogro fedorento
Mas me respeitavam
A todo o momento.



E, mesmo...
Quando desconfiado
Eu perguntava...
Quem vem lá?
Alguém respondia...
Sou fulano!
Bom homem do baobá.



O tempo passou
O progresso comeu
A imensa floresta
A primeira árvore a tombar
Foi a minha moradia
Hoje moro sob uma pedra
Em outra floresta
Em um lugar distante.



Já não vejo as pessoas
Nem sou tão cordial
Mas, pra não ser antissocial
E não desaprender a falar
Digo bom dia aos ursos
E aos outros animais do lugar
Busco esquecer...
O bicho que não presta
Que por ganância
Comeu a minha antiga floresta!



Lemos
27/04/2015


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