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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Velho livro




Não!!!

Não são melindres.
É que hoje, não quero...
Falar de amor
Não quero cutucar a dor
Ainda não dei um jeito
De acalmar meu peito
De apaziguar minha alma.



Não recobrei a calma
Que me era peculiar
E você!
Quer me ouvir falar
De um assunto que queima
De um sentimento que teima
Em me aniquilar.



Dane-se seu amor!
Vá-se catar, por favor.
Deixe-me só!
Não preciso de sua dó
Fico apenas com minha
Doentia auto piedade.



Que um dia cederá
Diante da verdade...
Que já conheço
Mas, ainda, não digeri
Era para ser mais pratico
Diante das presepadas
Que já vi e ouvi.



Porém, coração é livro velho.
Com páginas ilegíveis
E por isso mesmo dá margem
A interpretações incríveis
Já é mais que hora
De pegar...
O velho livro embolorado
E jogá-lo fora!



Como estou fazendo
Com seu embolorado amor...
Aqui e agora!
Seu amor!
Estragado por desuso.
Meu amor!
Transtornado por abuso.



Entretanto, já bastou.
De ser abusado
Vou ficar só por um tempo
É melhor...
Que mal acompanhado!




Lemos
22/04/2015




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