O olho da
rua
Serviu-me...
A verdade
crua
E sem
entrada
Ao me por na
rua
Reduziu-me
A menos que nada!
Ao ser
chutado
Para o meio
da rua
Rolei por
terra
Mas não fiz
guerra
A casa era
sua!
Quer-me de
volta agora
Mas fico por
aqui
Não se é
expulso...
Estando
fora!
Quero-lhe!
E vou ficar
querendo
Tenho amor próprio!
Tenho amor próprio!
Não sou candidato
Ao seu
confuso amor.
Pois agora sei...
Que de fato
Nada vale!
Quem tem
algum valor
Você não
quer ver dignidade
Sequer preza
pelo respeito
Ao me induzir
a bater asas
Sem saber...
Mudou o meu
jeito.
Apagou de vez...
O tolo subserviente
O tolo subserviente
Que a levava
dentro do peito
Sou agora!
Outro tipo
de gente...
Do que sente tesão
Do que sente tesão
Mas, que se
dá valor
Que não
renuncia a si mesmo
Por conta de
um suposto amor.
Que fique
então!
Com sua casa
confortável
Que bestamente...
Ajudei a construir
Por mais...
Que se
esteja acabado
Tem quatro
lados para onde ir.
Descartando o
do coração
Sobra o da
fé, o do instinto.
E também o
da razão!
E não será!
Sua silhueta
na janela
Que reescreverá
minha novela
Não será!
A maldita tentação
Pelo seu corpo
lindo e ardente
Que apagará...
A brasa
daquele não.
Que quase...
Apagou-me
enquanto gente!
Mas, bem
feito pra mim...
Por ainda contemplá-la!
Por ainda contemplá-la!
Com
tanto mundo para ir
Fui alugar
logo a casa à frente!
Lemos
09/04/2015
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