Não havia chocolate
Para
nos dar pra comer
Mas
havia...
Vara
de marmelo
Para
nos bater!
Não
havia tempo
Para
nos entreter
Tinha
sempre algo
A
se fazer.
Entrava
ano, saia ano!
E
ficávamos em segundo...
Ou, até mesmo!
Em terceiro plano
No
quesito atenção
Era
uma imposição da pobreza
Carinho,
não se punha à mesa.
Minha
mãe...
Até que se esmerava
Abraçando
um a cada vez
Em
que ia da pia ao fogão
Ou
do tanque ao banheiro
Sempre
limpando
Ou
cozinhando o pouco que tinha
Fazia
ela, verdadeiros milagres.
Na
nossa pequena cozinha.
Ainda
não falei do frio
Que
tínhamos de suportar
Se, mal havia o que comer.
Roupas
então...
Nem
pensar!
Ia
à escola com roupa feita
Com
sacos de algodão
Desses, com o qual se fazem
Panos
de prato hoje em dia
Mas,
era...
O que tínhamos até então.
E
como o que está feito
Não
está por fazer.
Todos
crescemos e não vimos
Nenhum
milagre acontecer.
A
não ser, o dos valores
Que
aprendemos a considerar
E
que, o tolo orgulho de meu pai
O
impediu de assimilar
Afastado
do trabalho
Por
falta de saúde
Não
deixava...
Ninguém nos ajudar
E
lhe sobrava saúde.
Para nos castigar
Quando
sua fértil imaginação...
Julgava precisar.
Julgava precisar.
Entretanto,
apenas um de nós.
Jurava
o odiar
Era
meu irmão mais velho
Que
possuía gênio semelhante
Dois
bicudos não se beijam!
Disse
minha mãe...
No exato momento...
Em
que meu irmão partiu
Triste, mas sem emitir
Qualquer sinal de lamento.
Qualquer sinal de lamento.
Só
afirmou...
Que se um dia teve pai...
Seu
nome!
Agora seria esquecimento.
Jurou, que ao ter filhos
Não
os imporia...
Qualquer sofrimento
E
assim ele fez...
Todavia,
é outra história...
Fica
para outra vez!
Lemos
14/04/2015
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