Chegou a casa!
Lá
pela boca da noite.
Como
diziam seus ancestrais
Vinha
assobiando uma canção
Que
não lhe vinha da alma
Tampouco, do coração
Se
é que o tinha
Estava
distraído...
E quase que tropeçou
Em
um despacho (macumba)
Que
caprichosamente...
Fora
colocado ali em seu portão.
Discreto, olhou ao redor
E
avistou a vizinha
Com
a qual teve um caso
Observando-lhe
de um canto escuro
Dissimulado, ele entrou em casa
Saiu
pelos fundos e pulou o muro
Quando
a mulher percebeu
Já
estava comendo...
A
galinha preta
Que
a ele gentilmente ofereceu.
Porém, não era mulher sozinha
E
seu marido vendo aquilo
Inevitavelmente
se enfureceu
E
mesmo enfurecido...
Foi convidado
Foi convidado
A
saborear a iguaria
Servida
crua e com penas
Naquele
atípico dia!
Absteve-se
do convite...
E
imediatamente se recolheu
Briga
de amantes...
Não
era problema seu!
A
mulher seguiu comendo
E
não podia vomitar
Senão
teria que comer de novo
Ele
em voz alta dizia
"Que
lhes sirva de exemplo meu povo!"
Povo
que estupefato olhava pelas janelas
Que
imediatamente foram fechadas
Dali
pra frente...
Ninguém
o incomodaria por nada!
Não
presenciei esse fato
Posto
que, ainda era pequenino
Mas, meus irmãos mais velhos
Juram
ser verdadeiro
Por
isso de vez em quando
A
cada pesadelo que tenho
Ouço
a voz de meu pai...
Gritando-me
de onde venho!
Lemos
21/04/2015
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