O
noivo já com certa idade
A
noiva...
Com
pouco mais da metade.
Naquele
sitio...
Ele,
com ar resignado.
Ela,
esbanjando felicidade.
Ele,
muito bem apessoado.
Ela,
feia como o pecado.
E
pobre, a perder de vista.
Ele,
algo endinheirado.
Era
a união da feia
Que
se achava bela
Que
grasnava e dizia
Ter
a voz sedutora e macia
Com
o noivo rico e calado
Que
gostava de se manter
Discreto
e silencioso no seu lado.
E
que, por sua vez...
Seguia
à risca seu papel...
De
comportado freguês
Apesar
da idade avançada
Não
se sentia velho por nada
Que
acontecesse...
Ou
que, maldosamente, dissessem.
E
assim seguiu a história.
Ali
estavam além dos convidados
Também
o juiz e o pastor
Que
em instantes formalizariam
Aquela
bela história de amor.
Ele
sério, dentro do terno luxuoso.
Que
em muito lhe aumentava
A
aparência de idoso
Ela
sorridente em seu belo vestido
Que
em nada a embelezava.
Se
minha mãe lá estivesse
Diria
ser a união da fome
Com
a vontade de comer!
Estava
indo tudo muito bem
Até
o momento em que a princesa
Mandou
o príncipe encantado
Mudar
de lugar uma mesa.
Foi
ali que o encanto
Imediatamente
se desencantou.
Desceram
as cortinas...
E
o espetáculo acabou!
O
príncipe em forma de cheque
Sumiu
numa nuvem de pó.
E
a princesa mandona
Seguiu
a sua sina...
De
ser feia, arrogante, pobre...
E
infinitamente só
E, assim, fecho esse conto
Pobre
e miseravelmente feio...
De
dar imensa dó!
Moral
da história:
"Quer
casar? Case primeiro pra depois mandar!"
Lemos
09/04/2015
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