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quinta-feira, 9 de abril de 2015

Feia como a fome!





O noivo já com certa idade
A noiva...
Com pouco mais da metade.
Naquele sitio...
Ele, com ar resignado.
Ela, esbanjando felicidade.




Ele, muito bem apessoado.
Ela, feia como o pecado.
E pobre, a perder de vista.
Ele, algo endinheirado.




Era a união da feia
Que se achava bela
Que grasnava e dizia
Ter a voz sedutora e macia
Com o noivo rico e calado
Que gostava de se manter
Discreto e silencioso no seu lado.




E que, por sua vez...
Seguia à risca seu papel...
De comportado freguês
Apesar da idade avançada
Não se sentia velho por nada
Que acontecesse...
Ou que, maldosamente, dissessem.




E assim seguiu a história.
Ali estavam além dos convidados
Também o juiz e o pastor
Que em instantes formalizariam
Aquela bela história de amor.




Ele sério, dentro do terno luxuoso.
Que em muito lhe aumentava
A aparência de idoso
Ela sorridente em seu belo vestido
Que em nada a embelezava.




Se minha mãe lá estivesse
Diria ser a união da fome
Com a vontade de comer!
Estava indo tudo muito bem
Até o momento em que a princesa
Mandou o príncipe encantado
Mudar de lugar uma mesa.




Foi ali que o encanto
Imediatamente se desencantou.
Desceram as cortinas...
E o espetáculo acabou!
O príncipe em forma de cheque
Sumiu numa nuvem de pó.




E a princesa mandona
Seguiu a sua sina...
De ser feia, arrogante, pobre...
E infinitamente só
E, assim, fecho esse conto
Pobre e miseravelmente feio...
De dar imensa dó!



Moral da história:
"Quer casar? Case primeiro pra depois mandar!"




Lemos
09/04/2015


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