Ele estava aflito
Cumpridor
que era de seus deveres
Não
entendia como e nem por que
Havia
se ausentado assim...
Sem
mais nem menos do seu trabalho.
Não
compreendia o que estava fazendo
Andando
de um lado para outro
Sem
encontrar o seu posto
Era
imensa sua agonia
Ao
imaginar a indignação do patrão
Com
sua indolência.
Queria
retornar, mas algo o impedia.
Via
vários caminhos
Mas
nenhum lhe servia
Todos
o afastavam mais ainda
Da
sua pretensa realidade.
Na
lateral de qualquer senda
Na
qual entrava, via outras Pessoas.
Algumas
uniformizadas
Outras
vestidas grotescamente
Com
se estivessem saídas
De
alguma festa à fantasia.
Não
lhes deu atenção
Voltar
ao seu trabalho
Era
tudo!
Que
ele precisava e queria
Mas
a verdade é que estava
Caminhando
em outra dimensão.
Com
a alma cansada
E
o corpo, estranhamente, não!
Sentou-se
sob uma árvore
Carregada
de frutas...
As
quais, prontamente, devoraria.
Em qualquer ocasião.
Entretanto,
naquela não!
Foi
quando!
Surgiu
na sua frente...
Um
homem negro...
Vestindo
um ensebado macacão.
Que
lhe dando seu melhor sorriso
Mansamente,
lhe estendeu a mão.
Estranhamente
ele acedeu
E
seguiu com aquele homem
A passos largos...
Para
os braços do Pai
Deixando
no esquecimento
O
trabalho que tanto venerava.
A
família que tanto amava
E
os bons amigos do bar
E
tudo o mais...
Que
o retinha na terra
A
ponto de impedi-lo de ouvir
A
voz do Pai a lhe chamar!
Lemos
07/03/2015
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