Carente, passava na sua rua
Para
lhe dizer minha verdade
Quando
a verdade era sua
E
você, não a dizia.
Apenas
a mantinha
E
então ela acontecia.
Sua
verdade não gritava
Por
saber a que vinha
Sua
simples existência
Massacrava
a minha!
E
triste percebendo
Que
a verdade verdadeira
Era
mesmo a sua
Fui
escasseando às vezes
Em
que passava pela sua rua.
E
notando...
Minha pouca frequencia
Não
se fez de rogada
Fez
de conta, não ter percebido.
Por
ter, um mínimo de orgulho.
Senti-me
ofendido...
Mandei
à merda suas verdades
Havia
outras ruas outras mulheres
E
também outras cidades.
O
mundo era e é grande
Por
isso estou aqui
Bem
longe de sua pessoa
Para
ser fiel...
Às suas verdades
Não
precisava!
Ser alheia as minhas
Nem
a minha identidade
Pois
o passar do tempo
Não
lhe trouxe nova verdade.
Suas
tardes escureceram
Suas afirmações enfraqueceram
As
minhas, antes sufocadas!
Felizmente
renasceram
Frutos
da dureza das ruas
Mas,
não sei...
Por que cargas d’água?
Não
se confundem com as suas
Somos
opostos desde o começo
Não
lhe servi...
Mesmo
me virando ao avesso.
Parei
de cortejá-la
Para
não ser idiota e cansativo
Aprendi
a me ver sem você
Por
isso, continuo vivo!
Sei
o quanto sofri
Somente
por lhe amar
Foi
esmagadora a dor
Não
a quero reeditar
Felizmente
passou aquele tempo
Em
que era só me chamar!
Dar-me
um afago e um osso
Para
depois me expulsar
Hoje, lhe digo alguma verdade
Mas, não passo pra verificar
A
sua possível aceitação
Nada
poderei lhe ensinar
Depois
da dura lição
Que
tive, ao me anunciar
Como
pretendente ao seu coração
Respeito
as suas
Mas
hoje, tenho minha razão!
Que
é, gostar-me primeiro
Para
depois me apaixonar
Mas
resignado vejo
Que
já passou nosso tempo.
Nossa
hora e nosso lugar
Resta-nos
manter o respeito
Desejarmo-nos
felicidade.
E
buscá-la...
Cada
qual ao seu jeito
Dentro
de sua necessidade.
Ambos
sabendo quê...
As
outras pessoas
Também
detém suas verdades
Pois
as verdades pululam
Por
todas as casas mal iluminadas
Por
todas as sendas ensolaradas
Estão
em todas as partes
E
espreitam por todas as frestas
Querendo
a todo custo... Se pronunciarem!
Se
estabelecerem!
E, para sempre, ficarem.
Mas, a sina da verdade
Assim, como a da mentira
É
a sina, de ser passageira
Nenhuma
afirmação
Vale
pra vida inteira
Se
o destino não o quiser...
Sigo
em frente!
Pois
detrás e dos lados
Está
chegando mais gente
Para
remendar a história
Do
jeito que lhes apetecer
Não
serei eu...
De
novo o idiota.
Que
irá pagar pra ver!
Lemos
14/04/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário