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terça-feira, 14 de abril de 2015

Não se fez de rogada

Lembro-me, de quando...
Carente, passava na sua rua
Para lhe dizer minha verdade
Quando a verdade era sua
E você, não a dizia.
Apenas a mantinha
E então ela acontecia.



Sua verdade não gritava
Por saber a que vinha
Sua simples existência
Massacrava a minha!
E triste percebendo
Que a verdade verdadeira
Era mesmo a sua
Fui escasseando às vezes
Em que passava pela sua rua.



E notando...
Minha pouca frequencia
Não se fez de rogada
Fez de conta, não ter percebido.
Por ter, um mínimo de orgulho.
Senti-me ofendido...
Mandei à merda suas verdades
Havia outras ruas outras mulheres
E também outras cidades.



O mundo era e é grande
Por isso estou aqui
Bem longe de sua pessoa  
Para ser fiel...
Às suas verdades
Não precisava!
Ser alheia as minhas
Nem a minha identidade
Pois o passar do tempo
Não lhe trouxe nova verdade.



Suas tardes escureceram
Suas afirmações enfraqueceram
As minhas, antes sufocadas!
Felizmente renasceram
Frutos da dureza das ruas
Mas, não sei...
Por que cargas d’água?
Não se confundem com as suas
Somos opostos desde o começo
Não lhe servi...
Mesmo me virando ao avesso.



Parei de cortejá-la
Para não ser idiota e cansativo
Aprendi a me ver sem você
Por isso, continuo vivo!
Sei o quanto sofri
Somente por lhe amar
Foi esmagadora a dor
Não a quero reeditar
Felizmente passou aquele tempo
Em que era só me chamar!



Dar-me um afago e um osso
Para depois me expulsar
Hoje, lhe digo alguma verdade
Mas, não passo pra verificar
A sua possível aceitação
Nada poderei lhe ensinar
Depois da dura lição
Que tive, ao me anunciar
Como pretendente ao seu coração
Respeito as suas
Mas hoje, tenho minha razão!



Que é, gostar-me primeiro
Para depois me apaixonar
Mas resignado vejo
Que já passou nosso tempo.
Nossa hora e nosso lugar
Resta-nos manter o respeito
Desejarmo-nos felicidade.
E buscá-la...
Cada qual ao seu jeito
Dentro de sua necessidade.



Ambos sabendo quê...
As outras pessoas
Também detém suas verdades
Pois as verdades pululam
Por todas as casas mal iluminadas
Por todas as sendas ensolaradas
Estão em todas as partes
E espreitam por todas as frestas
Querendo a todo custo... Se pronunciarem!
Se estabelecerem!
E, para sempre, ficarem.



Mas, a sina da verdade
Assim, como a da mentira
É a sina, de ser passageira
Nenhuma afirmação
Vale pra vida inteira
Se o destino não o quiser...
Sigo em frente!
Pois detrás e dos lados
Está chegando mais gente
Para remendar a história
Do jeito que lhes apetecer
Não serei eu...
De novo o idiota.
Que irá pagar pra ver!





Lemos
14/04/2015





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