Bebeu pra esquecer
Mas não esqueceu
Cada vez falava mais
Na ingrata que o deixou
Não esqueceu!
Mas, suas pernas esqueceram.
A que vinham...
E por isso não o levaram
De volta pra casa.
Bebeu pra esquecer
Mas não esqueceu
Do seu passado torto
Assim como do seu presente
Opaco e depressivo
Bebeu não esqueceu
Mas, precisava daquilo.
Para se sentir vivo.
Mesmo quê:
Estivesse se matando
Estivesse se matando
Caia-lhe bem um trago
De vez em quando
Porém!
O de vez em quando.
O de vez em quando.
Há muito...
Que vinha se amiudando.
Que vinha se amiudando.
Bebeu para esquecer
Mas não esqueceu
De frequentar o bar
Não se esqueceu de chorar
Só se esqueceu de se gostar
Chegou ao ponto
De acordar pra beber
E de dormir para acordar.
Já não se enxergava
Entre uma e outra bebedeira
E essa passou a ser a tônica
De sua inexpressiva vida
Inexpressiva por que
A nada levava...
A não ser ao nada!
A não ser ao nada!
E nada tirava, ou acrescentava
À modorra do seu dia a dia.
Bebeu, mas não esqueceu
A ingrata que o abandonou
Apenas porque...
Encontrava-se insuportável.
Encontrava-se insuportável.
No tempo em quê:
Bebia apenas por beber
No tempo em quê:
Nada havia pra esquecer!
Nada havia pra esquecer!
Lemos
04/05/2015
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