Com olhar distante
E sem qualquer voz
Comparei-me comigo
Lá atrás
Quando ainda sabia sorrir
Quando ainda falava
Em algum futuro
No tempo em que havia
Algum horizonte a alcançar
Ou pelo menos sonhar.
Mas hoje!
Com o olhar perdido
Olho sem ver
E não ouso me pronunciar
Sabedor da minha voz
Não soar convincente
Não me apropriar...
Enquanto gente!
A insegurança me matou
Para o amor e para a alegria.
Não vejo qualquer diferença
Entre um e outro dia!
Não tenho pressa
Nem quero saber da hora
Não faço as malas
Por não precisar de nada
Quando finalmente for embora
Não há qualquer dor
Somente a apatia
De quem se deu por findo
E só espera o dia!
Lemos
11/06/2015
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