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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Minha boca



Não olhei, mas vi.
Não toquei, mas senti.
Pois estava em mim
O seu nome a me gritar
O seu cheiro a saltar
Em minhas narinas
Pra me desculpar de mim
Decretei um fim.



Que nada findou
Medroso, arredio
Mas, aqui estou!
Temeroso e louco
Para me aproximar
Ao menos um pouco
É duro admitir
Mas estou louco
Daquele tipo
Que quer sem querer
Que sabe sem saber!
Pra que lado ir.



Se correr...
Ou morrer de dor
Ou ficar...
Pra morrer de amor!
Só depende de um gesto seu
Para de novo eu me esquecer
De que planeta sou eu
E qual o meu papel
Basta estalar um dedo
Para me ver cão fiel!



Sem medo de nada
Para segui-la e lhe obedecer
Ao longo da jornada
Que hipnotizado acreditarei
Não ter final
Como já acreditei um dia
Quando me falava mais alto
O amor que sentia.



E hoje não é diferente
Minha alma de homem
Negando-me enquanto gente.
Minha imaginação brincou
O dia inteiro!
Levando-me a você
Ao trazer no vento
Seu suave cheiro
Que me levava à loucura.



Dando uma surra...
Na minha lucidez
Quanto menos...
Lhe procura minha razão
Minha boca...
Jamais lhe diz não!



Lemos

11/05/2015



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