Ao me confessar!
Entreguei-me...
Em uma grande bandeja
Com
uma bela maçã
Entre
os dentes
E
com o olho arregalado.
Servi-me
por mim mesmo
Ao
me mostrar apaixonado.
Ao
dizer ser seu
Deixei
de ser eu
Deixei
morrer!
A minha essência.
Ao
me declarar
Apaguei
minha luz
E
não voltei a brilhar
Nem
pra mim...
Que me abandonava
Nem
pra você
Que
sequer me notava!
Mas, agora!
Uma vez declarado
Vê-me
como a um coitado
Que
até ontem não existia
Por
não ser digno...
Do seu maravilhoso olhar
Viu-me só depois...
Do meu patético discurso
Mas
nada mudou.
E, tampouco, irá mudar.
Não
será meu sentimento
Que
lhe fará se pronunciar
Mesmo
que seja para tripudiar.
Servi-me
na bandeja
Mas
você não aceitou
E
dessa forma me ensinou
Que
sonhos.
Por
serem sonhos
Jamais
se concretizam.
Prevalece sempre a razão
E milagres hoje em dia
Só
mesmo na televisão.
-Jogue
fora essa muleta!
O
aleijado jogou.
Correu
pulou e sapateou
Alguém
veio e apanhou
As
muletas que ele jogou
Seriam
úteis...
No
próximo show!
Quanto
ao nosso
Esse já
terminou!
Quando
sequer começou!
Nenhuma
muleta a recolher
Nem
cadeira de rodas
Para vender, ou vender!
Lemos
07/01/2015
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