Estava aberta a convenção!
Das bruxas do norte, do sul, leste e
oeste do mundo.
E elas, começaram a chegar
De trem, de ônibus, de carro ou de
metrô.
Algumas mais conservadoras
Não abriram mão de suas ultrapassadas
vassouras, até mesmo, por uma questão de economia.
Teve bruxa que veio a pé, por conta da
saúde, coisas assim como hipertensão, colesterol e diabetes, entre outras!
Cada uma delas, deveria trazer uma
prenda que seria avaliada por uma comissão julgadora.
E a mais original de todas, receberia o
troféu Caldeirão de ouro!
E assim, cada uma se apresentava com
seu quesito que era de livre escolha.
A linda bruxinha Mafalda trouxe um
velho beduíno com camelo e tudo, e os amarrou na coluna central, onde
calmamente ficaram com bastante água a disposição. Água para a qual nem olharam
habituados que estavam à falta dela.
Já a sensual bruxa Dagmar, trouxe um
jogador de futebol, acorrentado ao seu calcanhar, numa escala de hipnose
tamanha...
A ponto de não se lembrar de seu time
na Espanha.
Foi um sucesso o tal jogador...
Arrancou suspiros, das histéricas bruxas
que lhe acharam um amor!
E desse modo o tempo foi passando, e as
convidadas foram chegando e trazendo as coisas mais originais em suas bagagens.
A bruxa Gisele, por menos não deixou
causando alvoroço quando chegou em grande helicóptero dourado e ostentando seu
refém o comandante pop star e muito bem casado, que de nada sabia por estar
devidamente enfeitiçado.
Sentaram-se a mesa junto à parede onde
tinha um pôster da lendária vassoura Jezebel...
A bela Gisele e seu comandante do céu!
A gloriosa, bruxa Nadir trouxe um gordo
faquir e sua cama de pregos de borracha, numa grande mostra de charlatanismo...
Mesmo assim foi admirada pela
originalidade.
Faquir gordo!
Nem em congresso de bruxas, pode ser
considerado como verdade!
E seguiu, a reunião onde aconteceram as
coisas mais estranhas, que para a ocasião tinha ares de normalidade.
Foi quando de repente, ouviu-se do lado
de fora um ruído diferente que nem a audição apurada da bruxa mais sensível e
sensitiva conseguiu decifrar.
Afinal!
Tratava-se de ronco do motor de um Harley Davidson HERITAGE SOFTAIL, que acabara de estacionar com todo o brilho de seus cromados, e com todo glamour de seus acessórios de couro.
Tratava-se de ronco do motor de um Harley Davidson HERITAGE SOFTAIL, que acabara de estacionar com todo o brilho de seus cromados, e com todo glamour de seus acessórios de couro.
Foi algo tão mágico que todas as bruxas
saíram para ver, deixando o tempo pausado do lado de dentro.
Nunca ouvi falar, de bruxa demonstrando
incredulidade diante de alguma situação...
Mas, foi o que aconteceu ali.
Elas não puderam conter o
deslumbramento ao ver a jovem bruxa Valeska, totalmente vestida a caráter Rota
66, elegantemente descendo daquela motocicleta, e retirando a chave do contato.
Continuaram a observar até que ela,
abrindo um dos alforjes de couro retirou um pequeno pote de vidro, dentro do
qual estava eu, devidamente miniaturizado por um poderoso
feitiço, assim, como o jeans que eu usava e o relógio Orient que tinha no braço
esquerdo.
Estava eu, imerso em um liquido
acobreado, que me conferia um ar de antiguidade.
Fui devidamente apresentado como
iguaria fina a ser degustada...
Porém, ali havia alguém disposto a não
permitir tamanha perversidade.
Era a bruxa Marlene baixinha porreta,
bruxa de verdade!
Que propôs a Valeska um troca justa.
A receita de uma poção chamada de Poção
infinita e mais uma ferradura do cavalo alado de Final Fantasi.
Em troca Marlene levaria o pote comigo
dentro e a motocicleta pra longe dali.
Assim foi feito...
Depois então Marlene me desencantou
para depois me encantar.
Sem surpresas!
Seremos Eu e Marlene...
Quando a HERITAGE SOFTAIL passar!
Lemos
03/05/2015
" Para quê, afinal, um cavalo alado precisa de ferradura?"
" Para quê, afinal, um cavalo alado precisa de ferradura?"
2 comentários:
Una convención singular de brujas chics. Al final Marlene se queda con él, la bruja mas poderosa. Un divertido relato. Solo he tenido algo de dificultad con la traducción.
Abrazos Lino.
Obrigado por visitar Alejandra Sanders!
Abraço!
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