A luz continua acesa
Mas
a chama já se apagou
Pelo
menos de um lado
Que,
para meu desespero.
Não
foi o lado onde começou.
Onde
começou continua
Ainda
viva a chama
Mas,
sem meios de propagá-la.
Não
havendo combustível
Para
alimentá-la!
Por
teimosia deixo acesa a luz
E
tento me convencer
Que
ainda há jeito
A
sua chama se apagou
Mas
sua fumaça insiste
Em
sufocar meu peito!
Consola-me
ter ainda
Uma
vida inteira
Mais
uma razão para manter
Ao
menos uma pequena brasa
Para
o advento de nova fogueira!
Que
possa ser melhor alimentada
Até
por saber dar a ela
O
seu devido valor
Ao
invés de fazer como fiz
Dormir
indolentemente ao seu calor.
Ao
trazê-la para dentro
De
um sonho que era meu
Tornei-a
prisioneira dele
Sem
chances de viver o seu
Paguei
o devido preço
Tenho
agora o que mereço!
Saudade
do que vivi
Remorso
do que não plantei
Tristeza
pelo que colhi
Colheita
imensamente dura
Que
me grita a todo o momento
O
quanto a vida pode ser escura.
A luz continua acesa
Mas
não encobre a escuridão
Nem
substitui a fogueira
Que
aquecia meu coração
Hoje
tem fogueira...
É
noite de São João!
Lemos
15/06/2015
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