Dizem-me louco!
Mas,
o que fazer?
Se
é...
No
escuro que me vejo
E
na solidão que me encontro
É
afastando-me que vejo
O
mundo com mais detalhes
Pois
é de longe!
Que
entendo ao menos um pouco
Os
sentimentos das pessoas
Que
em vão tentam se aproximar
Talvez
por empatia
Talvez,
por curiosidade.
O
meu rótulo de Tipo estranho
Gera
um interesse sem tamanho
O
que me afasta ainda mais
Da
louca sociedade...
Que
me intitula louco
Posso
até ser louco
Mas
um louco do bem
Oitenta
e nove anos
E
não matei nem devorei ninguém
Não
me escondo em nenhum buraco
Não
coloco criancinhas...
Dentro
de um saco
Como
diz o folclore popular.
Respeito
a humanidade!
Mesmo
tendo...
Mais
itens a respeitar
Penso
comigo mesmo
De
maneira quase que constante
Quem
não respeita seu planeta
Não
respeita seu semelhante
Que
tem peso diferente na balança
Posto
que a cada dia
Morre
pouco a pouco a semelhança
Com
a qual um dia foi criado
O
próximo já não é tão próximo
E
no entanto me condena
Por
permanecer afastado.
Sendo
que o apartado
Não
se envolve em briga
Não
promove a desunião
Nem
é causador de intriga!
Por
pouco falar não digo
Palavras
ofensivas...
Ou, mesmo, constrangedoras.
Ou, mesmo, constrangedoras.
Por
amar a solidão
Não
pronuncio frases acolhedoras
Mas
aprendi!
A
de vez em quando
Dizer
palavras alentadoras
Para
que assim o mundo
Sobreviva
mais um pouco
Estranho
desejo...
É
por isso que me dizem louco!
Lemos
19/05/2015
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