Sou um sonhador
Mas, abusei do sonho
Ao
levá-lo
Pra
vida real
Sou
um sonhador
E
por isso...
Vivo
o irreal
Tenho
o sonho
Um
tanto aumentado
Por
sonhar acordado.
Onde
era trabalho.
Descuidei!
Apenas
cantei e sapateei
Inventei
moda...
Brinquei de roda.
Brinquei de roda.
E
a roda girou!
Minha
vida?
Não a vivenciei!
Não a vivenciei!
Apenas
representei
Para
mim mesmo
O
que queria ser.
Embora
nem mesmo
Soubesse
o que queria
Se
cantor, se ator...
Ou, se compositor.
Mas, o meu bom patrão
Que
se chama Povo
Elegia-me
de novo
E
de novo e de novo!
E
assim fui ficando
Cantando
dançando
Sapateando
e...
Sempre representando!
Sempre representando!
De
vez em quando
Arriscando
um cordel
Mas, na parte de ator
Ser
moço velho
Foi
meu melhor papel
Sendo
pra fiscalizar...
Nada
fiscalizei!
Nas
horas vagas
Apenas
cochilei
No
aconchegante sofá
Que
meu povo!
Gentilmente
me proporcionou.
Tenho
sido bom pai
Nem
um de meus filhos
Um
dia apanhou
Tampouco,
assim como eu
Nenhum
deles...
Jamais
trabalhou!
Optaram
também pela arte
E
seguem pelo mundo
Entre
uma ou outra canção
Não
tão boas!
Assim
como eu.
Não
possuem...
Qualquer vocação.
Qualquer vocação.
A
não ser a de esnobar
Nenhum
deles se procura
Talvez
por medo
De
se encontrar
Quanto
a mim...
Não
acredito que errei
Cantei
dancei e sapateei
Até
o meu povo me aposentar!
Foi
bom pra mim
Pois
agora aprendi a pescar!
Lemos
07/01/2015
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