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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Aprendi a pescar














Sou um sonhador
Mas, abusei do sonho
Ao levá-lo
Pra vida real
Sou um sonhador
E por isso...
Vivo o irreal
Tenho o sonho
Um tanto aumentado
Por sonhar acordado.


Onde era trabalho.
Descuidei!
Apenas cantei e sapateei
Inventei moda...
Brinquei de roda.
E a roda girou!
Minha vida?
Não a vivenciei!
Apenas representei
Para mim mesmo
O que queria ser.


Embora nem mesmo
Soubesse o que queria
Se cantor, se ator...
Ou, se compositor.
Mas, o meu bom patrão
Que se chama Povo
Elegia-me de novo
E de novo e de novo!
E assim fui ficando
Cantando dançando
Sapateando e...
Sempre representando!


De vez em quando
Arriscando um cordel
Mas, na parte de ator
Ser moço velho
Foi meu melhor papel
Sendo pra fiscalizar...
Nada fiscalizei!
Nas horas vagas
Apenas cochilei
No aconchegante sofá
Que meu povo!
Gentilmente me proporcionou.


Tenho sido bom pai
Nem um de meus filhos
Um dia apanhou
Tampouco, assim como eu
Nenhum deles...
Jamais trabalhou!
Optaram também pela arte
E seguem pelo mundo
Entre uma ou outra canção
Não tão boas!
Assim como eu.
Não possuem...
Qualquer vocação.


A não ser a de esnobar
Nenhum deles se procura
Talvez por medo
De se encontrar
Quanto a mim...
Não acredito que errei
Cantei dancei e sapateei
Até o meu povo me aposentar!
Foi bom pra mim
Pois agora aprendi a pescar!



Lemos

07/01/2015

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