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domingo, 4 de janeiro de 2015

Fuja!
















Palavras!
Nem sempre claras
Olhar enigmático
Evidencias raras
Quase que nenhuma
E eu buscando a resposta
Até o dia em que me cansei
E então explodi.


De nada adiantou
Continuou fria
E com expressão vazia
Nada dizia
Mas o olhar traduzia
O que o silencio gritava
Quero ser assim
Do jeito que sou
Não precisa me entender
Tanto tempo já passou
E não lhe impedi de viver.


Foi isso que li
Nas entrelinhas
De seu gelado olhar
Senti medo, todavia.
Minha paixão era maior
Pus mais um pouco
De lenha na fornalha
Do meu pobre...
E sonhador coração.


Fuja!
Dizia minha sensatez
Fique!
Rebatia a paixão
E assim, fui ficando.
Tentando decifrar
O mistério encantador
Que me embalava
E que também me matava
Em nome do estranho amor.

Assim foi...
A tônica da questão
Até o nefasto dia
Em que finalmente
Sua voz se fez ouvir
Clara e definitiva
Morri naquele dia
E nunca mais
Consegui dormir!



Lemos
04/01/2015


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