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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Diante da adversidade




Maria!
Poupe sua valentia
Para quando precisar
Não a desperdice
Brigando com o carteiro
Com o leiteiro
Ou, até mesmo, com o lixeiro.

Não são eles
Os verdadeiros culpados
Por sua infelicidade
Ela advém...
De sua pobre verdade
De quem jamais se encontrou
Em seu papel de gente.

Guarde, então, sua valentia
Para outro dia
Quando precisar
Alguma dificuldade enfrentar
Ou para uma possível doença
Que surge...
Quando a gente menos pensa
Que possa aparecer.


Guarde essa desproporcional bravura
Para enfrentar a noite escura
E os assombros que a insônia
Inegavelmente nos traz
Diante da adversidade
Seja brava se for capaz.

Hoje lhe apraz ofender
A quem não pode
E talvez...
Não saiba se defender
Ou quem sabe a ignora
Apenas para não descer
Ao seu nada digno patamar
Maria!
Hora de parar de se achar!

Lemos
27/01/2015


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