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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O capacho





Abriu-se a porta do acaso
Fui eu o primeiro
A por os pés
Naquilo que chamei
Inconscientemente
De destino...
A minha sede de viver
Fez-me querer ser pioneiro
Exagerei...


Tinha pela frente
Toda uma vida
Um universo...
Quase que inteiro.
Na ânsia de mudar
Entrei com tudo
Naquele fatídico janeiro
Fatalidade não tem conserto
Porém há vida à frente
Chorar nada resolve
A não ser assemelhar-nos...
Menos gente!


A porta do acaso
Está em todas as vidas
Alguns se detém no capacho
Outros como eu...
Ignoram as medidas
Que devem ser tomadas
Diante das tantas estradas
Que a vida nos conduz
Há de se ter serenidade.


Nem sempre é benéfica a luz
Nem sempre a claridade
Apresenta-nos a melhor verdade
O mundo se apresenta pleno
Mas não é pleno...
O nosso conhecimento
Diante da imensidão
Que ás vezes parece
Ultrapassar a linha do horizonte.


Por isso, é bem vindo
Um largo rio
Ou mesmo um alto monte
Para refrear alguma euforia
Ou até mesmo desviarmos
De uma possível desatenção
De vezem quando
Um inquebrantável silencio
Onde se ouve plena
A imprescindível voz da razão.


Que, amiúde, nos condena
Apenas para nos reter
Com os pés firmes no chão
O certo, pela linha torta
O capacho para nos reter
Ao menos alguns segundos
Diante de qualquer porta
Dando-nos tempo de refletir
A conveniência...
Entre ficar ou prosseguir!



Lemos

20/01/2015



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