Convidei o Padre Amaro
Para
ir comigo ao bar
E, bem naturalmente.
Disse-me
ele que não
Não
desisti da ideia
Apresentei-lhe...
Mais
de uma razão
Disse-lhe
eu...
Que
como ministro
Deveria
ele ir...
Onde
estivesse o cristão
Onde
estivesse o filho
E
também o irmão!
Inverteu-se
a ordem
O Padre ouvindo
E
eu dando o sermão
Notei
imediatamente
Sua
expressão de incredulidade
Bem
feito!
Quem
mandou dar-me liberdade?
Mas
no final
Meio
a contragosto
O
bom Padre acedeu
E
lá fomos nós
Eu
e ele, ele e eu!
E
Deus na frente...
Foi
o que disse o vigário
Pura
verdade!
Não
tento ser hilário.
Só
para constar
Levei
também meu violão
Que
nada tocava
Estando
em minha mão
Entretanto
lá no bar
Não
faltava quem soubesse tocar
E
também quem soubesse cantar.
Lá
chegando vi
Meus
amigos pinguços
Quase
saírem do chão
Ao
ver o Padre
Com
calmo sorriso
E
com a bíblia na mão.
Havia
também...
Várias
mulheres
Que
enquanto bebiam
Descansavam
os seios
Sobre
a mesa encardida
Ou
então, sobre o balcão.
Algumas
delas dançavam.
Alguém
já havia trazido
O
indispensável violão
O Padre não se fez de rogado
Abraçou
um a um a cada irmão.
Às
mulheres limitou-se
A
apenas apertar a mão
Depois
disso, convocou a todos.
Para
uma breve oração
Todos
concordaram...
Nascia
ali...
O
mais sincero e verdadeiro
Grupo
de oração.
Depois
o grandioso Padre
Abraçou
meu violão
E
soltou a voz
Entoando
belíssima canção
Que
falava do amor infinito
Que
Deus tem para seus filhos.
Dos
sábados que fui ao bar
Sem
sombra de dúvida
Aquele
foi o mais bonito
Ninguém
falou palavrão
Ninguém
brigou
Ninguém
vomitou
Porque
ninguém
Bebeu
além da conta.
No
domingo que se sucedeu
Nenhum
dos que lá estiveram
Acordou
com ressaca ou doente
Até
porque o nosso Padre Amaro
Ao
ir ao bar
Pediu
a Deus...
Que
fosse à frente!
Lemos
02/01;
2014
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