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domingo, 25 de janeiro de 2015

Tão perto da graça!



A bebida sempre fez
Parte da minha vida
Sempre me acompanhou
Por onde andei
Só eu sei o mal
Que ela me fez
Cresci vendo
Meu pai beber
E minha mãe chorar
Até quase se acabar  
Nada podia fazer
Era eu, apenas uma criança.
E por isso também chorava.










Se havia alguém no mundo
Que deveria abominar a bebida
Esse alguém seria eu
Mas, não foi bem assim.
Que aconteceu...
Quando dei  por mim
Estava bebendo!
E aos poucos
O gosto foi crescendo
E tomando medidas
Um tanto quanto absurdas
Quando dei por mim
Já era hora de parar
Mas eu nunca parei.


E pouco a pouco
Fui aumentando
O tamanho do consumo
Em pouco tempo
Perdi também o rumo
E também minha identidade
Adquiri novo nome
Em uma nova verdade
Que era o alcoolismo
À minha frente
Um gigantesco abismo
No qual...
Prontamente me atirei
Abismo que geralmente é fatal.


Tinha ódio de meu pai
Mas, no entanto fiquei igual.
Igual mas consciente
Quando não alcoolizado.
E com vontade de parar
Sei não ser nada fácil
Mas quando tiver um tempo
Vou tentar
Entre uma e outra bebedeira
Não posso negar a mim mesmo
Pela vida inteira!
Minha mulher ameaça
Estar indo embora
Peço a Deus...
Que não seja agora!
Que não cumpra a ameaça
Logo agora...
Tão perto da graça!


Lemos

25/01/2015

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