Era
abusada pelo pai
Que
com muito jeitinho
Com
muito carinho
E
sem escrúpulo algum
Sabia
ser verme
Como
verme nenhum
E
ela pequenina
Sem
nada entender
Nada
podia também
Além
de ceder
De
se entregar ao imundo
Que
ao invés de protegê-la
De
cuidá-la
Tratava
de violá-la
E
foi desse modo
Que
cresceu
E
tornou-se então
A
bela mulher que hoje é
Boa
esposa e mãe
Boa
amiga de seus amigos
E, contrariando a razão
Tem
pelo pai...
Verdadeira
adoração!
Lemos
sem nada entender...
E tendo que engolir!
O que o mundo tem pra servir
Que mesmo não servindo
Segue persistindo...
Não acrescentando incredulidade
O errado tratado como...
Quase certo!
A mentira transmudando-se
Em pseudo-verdade!
O não querer querendo
E tratando de ser
A ordem do dia
A sombra...
Se sobrepondo à claridade
E a eterna prerrogativa
De se dizer...
Estar em busca da felicidade
Busca essa que
Passa por cima de tudo
Dos direitos, dos valores
Como um enorme trator
Tão sutil, como um cassetete
Definitiva...
Como um rolo compressor!
01/01/2015
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