Chamavam-no de bom menino
Por
jamais reclamar
Não
ter boca pra nada
A
não ser pra comer
As
migalhas que a vida
Miseravelmente
oferecia
Ou
então para dizer amém
A
tudo que o mundo
Imperativamente
lhe dizia
Chamavam-no
bom sujeito
Mas
não lhe davam
O
devido respeito.
Mesmo
porque ele
Jamais
o reivindicava
Nada
sabia sobre si
Quando
pequeno ouviu
Que
o mundo não era aqui
E
foi o padre quem falou
E
padre era a voz de Deus
Assim
sua mãe lhe ensinou
Ensinou-lhe
também
A
ouvir e calar
Melhor
maneira de aprender
Segundo
a forma dela entender.
Mas
para ele, ouvir e calar.
Foi
atalho pra se anular
Quando
faltava confiança
Abraçava
algum velho ditado
Que
um dia ouviu
Alguém
mais velho repetindo
E
de clichê em clichê
Sua
trajetória construindo
Negando-se
e perdendo o rumo
Em
imenso e complicado labirinto
No
qual não via luz á frente.
Sequer
a buscava
Adorava!
Ser
chamado de boa gente!
De
não fazer mal a ninguém
Mesmo
não se fazendo ou...
Se
promovendo qualquer bem!
Lemos
27/01/2015
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