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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Vem de mim




Sinto seu cheiro
Onde não há    
Cheiro algum
Perco-me
Não vou
Pra lado nenhum
Fico mais triste
Mas não tem
Como alcançar
O que não mais existe

Ouço sua voz
Onde o silêncio impera
Dor atroz
Que essa ilusão gera
Quero correr!
Quero morrer!
Não corro...
Tampouco morro...
Difícil viver!

Com o fantasma
De sua ausência
A me assombrar
Pela vida adentro
E pela vida afora
Tudo na vida
Até mesmo castigo
Deveria ter hora
De começar
E também de acabar

Ainda questiono
Se mereço ou não
Ser penalizado
Apenas...
Por inadvertidamente
E inocentemente lhe amar!

Mas não é sua
A culpa de meu sofrimento
Nem posso culpar ninguém
Vem de meu interior
A minha fraqueza
Exorcizá-la...
Cumpre a mim!
É minha a dor!


Lemos

03/02/2015

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