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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Impávido ou não






Competição desnecessária
No entanto priorizada
Pela grande maioria
Grosseiramente adestrada
Por uma sociedade fria
Que se deteriora dia após dia
É o salve-se quem puder
Mostrando a que vem
E no final
Não salvando ninguém
Não cumprindo o que se propõe.


Apenas acentuando
O que a doutrina impõe
Reafirmando a mentira
Que sobrevive com o mundo
Desde o seu começo
Ninguém quer morrer
Mas cada vida...
Tem seu preço
Uns pagam mais caro
Aqui e agora.


Outros pagarão mais caro ainda
Os juros da última hora
Fazem a fantasia nada linda
Como foi a ilusão vivida
Ao queimar os sonhos de outrem
Pouco a pouco
Cozinha-se a própria vida
Competir ao invés de unir
É o princípio do final
Lamentável...
Mas, a história começou.
E está fadada a terminar assim!


Já nem lembro meu último sorriso
Nem o motivo porque foi dado
Nesse mundo de poucas alegrias
Mas, me lembro de perfeitamente
Do meu mais recente pecado
O de gostar de julgar
E detestar ser julgado
Sei não ser direito
Mas minha indignação
É maior do que minha ponderação.


Que raramente aparece
Quando deveria aparecer
Apesar do desgosto
Quase que profundo
Resigno-me por saber
Ser também fruto desse mundo
Contaminado por essa cultura
Do...
Quem pode mais chora menos
Da qual sou inimigo declarado.


Mas, quem nunca comeu...
Aquilo que não gosta?
Quem não tomou ônibus errado?
Gostaria também de saber...
Quem não apanhou para aprender?
E, no entanto não aprendeu!
Comigo foi assim
O pouco que sei
Apendi em momentos de calmaria
Antes de qualquer tempestade
A dor nada ensina
Apenas acentua traços de maldade.


Palavras muitas vezes
Ditas a esmo...
Ou então jogadas fora
Sendo para competir...
Que seja consigo mesmo
Desde que salvos os exageros
Infelizmente para seguir
Às vezes temos que sermos duros
Mas, tomando o devido cuidado.
De não atirar nos próprios pés
Acidente comum ao exagerado!


Que quer resolver imediatamente
Qualquer possível pendencia
Que possa estar havendo
Mesmo que seja imaginária
O que não faz diferença
É o...
"Penso logo existo"
Amiúde, lembrando a gente.
A refletir enquanto viver
Mas pensar às vezes dói
E por isso mesmo faz enlouquecer.


De vez em quando.
Quase que enlouqueço
Mas logo desisto...
Morrer louco não mereço!
Ainda prefiro viver
Com um pé dentro da sanidade
Mesmo com a alma questionando
Uma ou outra verdade
Seguindo impávido ou não
Engolindo o amargo remédio
Que a vida insiste em oferecer.


Amargo, porém necessário.
Pois a vida precisa viver
E assim carregar a gente
Em suas próprias asas
Não sei se...
Feliz ou infelizmente
Nem o tempo nem a morte
Poderão nos ensinar
Pois o tempo passa
E da morte...
Ninguém volta pra contar!



Lemos

13/02/2015

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