Numa bandeja
Preparada ao molho
De cerveja
Era assim quê...
Queria ver minha cabeça
Talvez seja assim
Que me prometi
Quando me insinuei
Dentro de minha timidez
E falando aos sacolejos
Ao demonstrar meu amor
Não agreguei valor
A meu personagem
Só queria mesmo
Mostrar o quanto lhe amava
E desse modo
Deixei nas entrelinhas
O subliminar
De que não me gostava.
Subliminar involuntário
Acredito ter sido eu
O inventor e único usuário
Negar-se para se afirmar
Denominar-se otário
Foi o que fiz
No infausto dia
Em que lhe acrescentei
E assim tornei
Mais feia ainda
Minha horrível biografia!
Ao me prometer assim
Tão fraco e submisso
Dei-lhe a entender
Que tudo podia
Assim como me fazer
De gato e sapato
Doei-me ao esculacho
Aceitei de bom grado
O papel de capacho
De seus lindos pés
Em troca...
Mostrou-me quem é!
Tal qual!
Como em Sangue e pudins
Quase cosi a roupa
De Seus lindos querubins
Tal qual!
Como em Sangue e pudins.
Há muito não acho...
A chave de mim!
Mas meu nariz já aponta
Para outro lado.
E que seja o lado
Onde você não esteja
Vou retirar a mesa
E virar no lixo
A tão nefasta bandeja...
E aquele corpo...
Pendurado na viga.
Mera coincidência!
Lemos
22/02/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário