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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Mera coincidência





Numa bandeja
Preparada ao molho
De cerveja
Era assim quê...
Queria ver minha cabeça
Talvez seja assim
Que me prometi
Quando me insinuei
Dentro de minha timidez
E falando aos sacolejos


Ao demonstrar meu amor
Não agreguei valor
A meu personagem
Só queria mesmo
Mostrar o quanto lhe amava
E desse modo
Deixei nas entrelinhas
O subliminar
De que não me gostava.


Subliminar involuntário
Acredito ter sido eu
O inventor e único usuário
Negar-se para se afirmar
Denominar-se otário
Foi o que fiz


No infausto dia
Em que lhe acrescentei
E assim tornei
Mais feia ainda
Minha horrível biografia!


Ao me prometer assim
Tão fraco e submisso
Dei-lhe a entender
Que tudo podia
Assim como me fazer
De gato e sapato
Doei-me ao esculacho
Aceitei de bom grado
O papel de capacho
De seus lindos pés
Em troca...
Mostrou-me quem é!


Tal qual!
Como em Sangue e pudins
Quase cosi a roupa
De Seus lindos querubins
Tal qual!
Como em Sangue e pudins.
Há muito não acho...
A chave de mim!
Mas meu nariz já aponta
Para outro lado.
E que seja o lado
Onde você não esteja
Vou retirar a mesa
E virar no lixo
A tão nefasta bandeja...



E aquele corpo...
Pendurado na viga.
Mera coincidência!



Lemos

22/02/2015




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