Não
fiz espanto
Apesar
de tudo
A
vida vem me ensinando
Mesmo
sem estudo.
Uma
paulada aqui
Outra
pancada ali
E,
assim, sigo aprendendo.
Os
macetes do mundo
E
as manhas das pessoas
Às
vezes sentindo
Um
desgosto profundo.
Contudo, engolindo quase tudo
Gritar
pode ser desabafo
Mas,
prefiro ficar mudo.
Para
que a lebre não levante
E
fique despreocupada
Inimigo
fora do campo de visão
É
o dobro da preocupação
Mesmo
assim não dou
Como
finda a minha sina
Nem
destituo a razão.
Com
o que tiro dos escombros
Idealizo
nova construção
De
vez em quando
Esboço
um sorriso
Alguém
me disse
Que
sorrir é preciso
Não
afirmo ser verdade
Esse
milagre do sorrir
Contudo
sorrir me deixa
Aparentemente
menos vulnerável
Menos
vulnerável, mas.
Ainda
tolerando o intolerável.
Entretanto
não me veja
Como
favas contadas
Que
você possa pressupor
Não
pense que
Por
tolera-la irei
A
qualquer lugar aonde for
Ainda
tenho minha verdade
Por
sinal diferente da sua
Sou
apenas resignado
Não
confunda com alienado.
Ainda
lhe tenho amor
Mas
só de vez em quando
Mas,
só pra constar
Aos
poucos está acabando
De
vez em quando
Já
miro a estrada
E
a vejo, algo, convidativa
Minha
autoestima quase morta
Mas,
minha moral ainda viva.
Viva,
o suficiente
Para
voltar a me gostar
E
isso acontecendo
Só
mesmo Deus
Para
de novo deixar-me anular
Mas
acredito que me libertando
Não
mais...
Deixara-me
aprisionar!
Sei
que não vim ao mundo
Para
ser zero à esquerda
E
ser visto como cão imundo
Mesmo
sendo cão sujo
Haveria
jeito!
Acostumando-me
ao banho
Estaria
quase perfeito
Mesmo
assim continuaria cão
Tudo
tem sua razão
De
ser e de querer.
Eu
não quero outra verdade
Que
não seja a minha liberdade
E
quero também a sua
E
que esteja sempre bem
Desfrutando
o seu sol
Mas
sem obstruir o de ninguém
Não
lhe clamo por compaixão
Apenas
por sensatez
Não
se pisa em tudo e todos
Sem
ser pisado...
Ao
menos uma vez!
Mesmo
que seja lá pelo fim
Quando
acredita ter escapado
Não
se iluda
Deus
não se faz de rogado
Pode
enganar ao mundo
Mas
o Pai não se dá por achado
No
momento de ensinar
Às
vezes nos deixa pensando
Que
logramos escapar
Já
ensaiando comemoração
Para
depois nos devolver
Ao
caminho da razão.
Caminho!
Que
muitas vezes é doloroso
Mas
bem empregado
Pra
quem banca o gostoso
Não
faço agora qualquer espanto
Sou
velho e vacinado
Contudo,
não desdenho seu pranto.
No que diz respeito a pecado
No que diz respeito a pecado
Não
incorro no seu.
Foi
dura a lição...
Que
ele me deu!
Lemos
12/02/2015
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