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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Reaprender a calma















Eu só queria me ver
Já fazia algum tempo
Que não me avistava
Que não falava comigo
Tudo isso por viver
Em função desse amor
Que tornou-me distante
Cego e sem calor
Amor sem coração
Via de uma só mão.


Mão, só de ida
E assim quase se foi
De vez a minha vida
Que antes de querer amar
Era relativamente bem vivida
Por não merecer esse castigo
E que providencialmente
Marquei esse encontro comigo
Para apaziguar a alma
Para reaprender a calma.


Há tempos que não me vejo
Preciso me aproximar
E me dar um sacolejo
Assim, como faz o cão
Quando as pulgas...
Por demais, o incomodam
Mesmo assim ainda vou...
Considerar o amor
Como algo para se dedicar.


Porém, com uma porta
Por onde possa passar
Em caso de necessidade
Pois troca-se de roupa
Não apenas por vaidade
E, às vezes troca-se também
Uma perigosa verdade!
Que veio para ficar
Mas precisa ser despachada
Antes que possa nos matar!


Lemos

26/02/2015

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