Um
pouco do que fui
Não
importa...
O que está escrito
Deixei
uma grande parte
De
mim pendurada no portão
Se
você a guardasse...
Um
dia eu voltaria
Para
buscar caso precisasse
Você
não guardou
Eu
também não voltei
Bem
que precisei
Dos
pedaços que deixei pra trás
Entretanto, foi bom ter deixado
Entretanto, foi bom ter deixado
Poderiam
me complicar
Como
me complicou por aí
Virei-me
bem sem eles por aqui.
E
até mesmo!
Já me acostumei
Tenho
uma prótese virtual
Dentro
da imaginação
Apanhei
para aprender
Mas
não esqueço a lição
Que
você e a vida me deram
Quanto
a abandonar a missão
Não
vejo dessa maneira
O
que era sério pra mim
Pra
você era apenas brincadeira
Aliás,
tudo pra você.
Sempre
foi e sempre será
Uma
grande brincadeira.
Posso
afirmar quê:
Assim
o será sua vida inteira
Por
isso parti cedo
Não
me identifiquei
Com
a sina de ser seu brinquedo.
Ao
olhar para os lados.
Até
hoje tenho medo
De
avistar!
Seu olhar transtornado
Que a primeira vista
Passa
por divertido...
Ou, até mesmo, engraçado.
Agora
me lembro
De
quando me chamava
De
Menino Maluquinho
E
eu, inocentemente.
Achava
serem apenas
Palavras de carinho
Endossadas...
Pelo azul do seu olhar
Que
me sedava
Quase que inteirinho.
Mesmo
assim!
Julguei, ainda, ter jeito
Por
isso deixei meu destino
Pendurado
em seu portão
Depois
desenvolvi novo tino
Guiado
pela quase inaudível
Voz
de minha razão
Que
por pouco provou
Que
seria destrutível
Por
muito pouco ou quase nada
Nossa
história não se fundiu
A
tantas outras escabrosas
Em
nosso imenso...
E claramente, amado Brasil.
Tão
imenso...
Que facilmente me ofereceu
Condições
de me afastar
De
um tenebroso futuro
Sem precisar
Minha pátria abandonar
Entretanto,
ainda tremo...
Diante
da possibilidade
Do feitiço de seu olhar.
Tenho
fobia de olhos claros
Por
mais ternura...
E promessas de paz
Que
possam irradiar!
Lemos
04/02/2015
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