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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Louco?


Não deixei de ser.
Um pouco do que fui
Não importa...
O que está escrito
Deixei uma grande parte
De mim pendurada no portão
Se você a guardasse...
Um dia eu voltaria
Para buscar caso precisasse
Você não guardou
Eu também não voltei
Bem que precisei
Dos pedaços que deixei pra trás
Entretanto, foi bom ter deixado
Poderiam me complicar
Como me complicou por aí
Virei-me bem sem eles por aqui.


E até mesmo!
Já me acostumei
Tenho uma prótese virtual  
Dentro da imaginação
Apanhei para aprender
Mas não esqueço a lição
Que você e a vida me deram
Quanto a abandonar a missão
Não vejo dessa maneira
O que era sério pra mim
Pra você era apenas brincadeira
Aliás, tudo pra você.
Sempre foi e sempre será
Uma grande brincadeira.
Posso afirmar quê:
Assim o será sua vida inteira
Por isso parti cedo
Não me identifiquei
Com a sina de ser seu brinquedo.


Ao olhar para os lados.
Até hoje tenho medo 
De avistar!
Seu olhar transtornado
Que a primeira vista
Passa por divertido...
Ou, até mesmo, engraçado.
Agora me lembro
De quando me chamava
De Menino Maluquinho
E eu, inocentemente.
Achava serem apenas
Palavras de carinho
Endossadas...
Pelo azul do seu olhar
Que me sedava
Quase que inteirinho.


Mesmo assim!
Julguei, ainda, ter jeito
Por isso deixei meu destino
Pendurado em seu portão
Depois desenvolvi novo tino
Guiado pela quase inaudível
Voz de minha razão
Que por pouco provou
Que seria destrutível
Por muito pouco ou quase nada
Nossa história não se fundiu
A tantas outras escabrosas
Em nosso imenso...
E claramente, amado Brasil.


Tão imenso...
Que facilmente me ofereceu
Condições de me afastar
De um tenebroso futuro
Sem precisar
Minha pátria abandonar
Entretanto, ainda tremo...
Diante da possibilidade
Do feitiço de seu olhar.
Tenho fobia de olhos claros
Por mais ternura...
E promessas de paz
Que possam irradiar!



Lemos
04/02/2015


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