Fui
testado
Com
muita severidade
E
depois de novo
Na
verdade estava mesmo
Era
sendo usado
Sem qualquer cerimônia
Para
depois desgastado
Ser
devolvido à vida
E
me ver novamente sem chão
E
alienado esperar de novo
A
sua maléfica atenção
Para
mais uma vez ser testado
Apalpado
e usado.
E, aparentemente reprovado
Colocado
em um canto
Onde
fique inerte, calado.
Sem
som, sem riso e sem pranto.
Sem
demonstrar desgosto
Para
quando você precisar
Jogar água em meu rosto
E
assim me reanimar
Para
que, então, fique a gosto.
Para
você...
Novamente
pisotear.
Tudo
isso sem me matar
Pois
esperta sabe
Que
um dia pode de novo
Voltar
a precisar
De
um capacho; mesmo surrado.
Para
pisar e sapatear!
E
hoje capacho é artigo raro
E
demorado para se amaciar!
Capacho; nunca sai de moda
E
só é mesmo descartado
Quando
é menos que trapo
Não
podendo mais sem usado.
Mesmo
assim demora um tempo
Pra
ser enfim aposentado
Por
saber ser assim
Mesmo
me crendo morto
Ainda
não tive meu fim
Quando
você, enfim, decidir.
Por
favor!
Dê
um enterro digno a mim!
Mas,
que não tenha choro.
E
de modo algum que haja vela
Fita
amarela, nem pensar.
Capacho, não é morto a se chorar!
E
estando consumado meu fim
Peço
por caridade...
Que
não mais se refira a mim!
Lemos
09/02/2015
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