Vi
em você uma ilha
Onde, me refugiei
Onde, me senti seguro
Hoje
a vejo
Como buraco escuro
No qual, sou prisioneiro.
E
alterno a visão
Entre a noite escura
E o dia ensolarado...
Sentindo a ironia
De
por mim mesmo
Ter
sido enganado!
Ao
ver em você
Tábua
de salvação
Fui
enganado pelo coração
E
caminhei na corda bamba
Agora, sem pra onde correr
Por
não saber do meu norte
Engano-me, não chorando
E,
provavelmente...
Vai
ser assim até minha morte
Que
pelo andar da carruagem
Não
tarda em chegar!
Mas, tudo não passa
De
mera bobagem
Depois
que se acabar.
Comigo, não será diferente
Preço
justo por ter
Falhado
como gente
Que, por ser gente
Deveria
ter raciocinado
Errar
é humano
E
noventa e nove por cento
Constitui
em pecado
Por
isso digo...
Ser
tarde para chorar!
E
por isso mesmo!
É que não pranteio
Meu
erro foi ver
Bonito
o que era feio
Ao
optar pela ilusória ilha
Onde
me sentiria senhor
Fui
mais uma inocente vítima
Dos
perigos que envolvem o amor
E
assim me vejo aqui
Sem
forças pra escalar
As
paredes desse profundo poço
No
qual entrei por mim mesmo
Um
velho com status de moço!
Com
algum charme e ginga
Suavemente
encorajado
Pelo
convincente...
E, medicinal vapor da pinga
Aquela maravilha cheirosa
Lá do alambique.
Pinga
e poesia!
Combinação
perigosa
Que empresta certa euforia
E, magicamente, transmuda
Alguma
desgraça iminente
Em
bela propaganda enganosa.
Tingida
das mais diversas cores
Prancha, aparentemente segura
Para
aventurarmo-nos no perigoso
E
por vezes sinistro
Mar
de amores!
Lemos
28/10/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário